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Zara e MPT adiam assinatura do Termo de Ajuste de Conduta

Ministério Público do Trabalho vai agora avaliar proposta da varejista espanhola sobre regularização de mão de obra escrava

Loja da Zara (Wikimedia Commons)

Loja da Zara (Wikimedia Commons)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 18h59.

São Paulo - A Zara e o Ministério Público do Trabalho (MPT) ainda não conseguiram chegar a um acordo. A audiência marcada hoje para a assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi adiada e não tem previsão de quando vai acontecer novamente.

“O MPT vai agora avaliar a nossa proposta e estamos confiantes de que ela seja aceita”, afirmou Felix Posa, diretor global de responsabilidade social do grupo Inditex, controlador da Zara, a EXAME.com por telefone.

No início deste mês, o MPT apresentou sua proposta à Zara. A varejista, no entanto, considerou ineficiente e limitado o acordo do ministério, pois ele não sugeria nenhuma solução para o problema de mão de obra irregular, no qual a Zara esteve envolvida, em maio deste ano.

A Zara optou, então, por apresentar a sua versão para a solução do problema. No acordo proposto pela varejista, três ações serão priorizadas: o controle da cadeia de fornecimento, a melhoria das condições de trabalho e o apoio para integração social dos imigrantes.

O procurador responsável pelo processo, Luiz Carlos Fabre, tem agora cerca de 10 dias para avaliar a proposta e só então uma nova audiência será marcada.

O caso

O problema com a varejista veio à tona depois de uma fiscalização em uma oficina localizada na cidade de Americana, interior de São Paulo, onde foram flagradas condições degradantes de trabalho. No local, trabalhavam 51 pessoas, sendo 46 delas bolivianas. A oficina fornecia peças para a Zara.

Depois do ocorrido, outras duas empresas, que também eram fornecedoras para a marca espanhola e estavam em situação semelhante com a de Americana, foram flagradas fazendo uso de mão de obra irregular.

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