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VW pagará US$ 5.000 a cada cliente dos EUA prejudicado

Empresa também tera que arcar com custo do recall e das modificações necessárias em veículos que tiveram software adulterado


	Logo da Volkswagen: empresa também tera que arcar com custo do recall e das modificações necessárias em veículos que tiveram software adulterado
 (Alexander Koerner/Getty Images)

Logo da Volkswagen: empresa também tera que arcar com custo do recall e das modificações necessárias em veículos que tiveram software adulterado (Alexander Koerner/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2016 às 12h01.

A Volkswagen pagará US$ 5 mil a cada americano que comprou um de seus veículos a diesel com o software adulterado, como parte do acordo com as autoridades americanas para evitar um processo judicial - de acordo com a edição desta quinta-feira do jornal Die Welt.

O juiz californiano Charles Breyer, de São Francisco (oeste), havia dado até quinta-feira ao fabricante alemão, ao departamento americano de Justiça e às autoridades de proteção ambiental para que chegassem a um acordo. Caso contrário, seria iniciado um processo.

Segundo Die Welt, o acordo não resolve todas as questões, mas prevê uma indenização de 5.000 dólares para cada proprietário dos 600.000 veículos afetados nos Estados Unidos. O custo do recall e das modificações necessárias fica por conta da Volkswagen.

"É mais uma espécie de protocolo de acordo, que apresenta as grandes linhas para os próximos meses e sobre o qual se voltará a trabalhar", explicou um dos participantes das negociações ao jornal alemão.

O advogado alemão Christopher Rother, que representa os clientes insatisfeitos, disse ao jornal que o acordo nos Estados Unidos servirá "de referência para as indenizações" na Europa, onde o escândalo dos motores a diesel adulterados afeta "milhões de veículos".

O acordo foi antecipado para esta quarta-feira pelos investidores, e a ação da Volkswagen terminou a sessão com lucro de 6,61% na Bolsa de Frankfurt.

A Volkswagen adulterou o software de motores a diesel de 11 milhões de carros em todo o mundo para fazê-los parecer menos poluentes do que na realidade são.

No final do mês, espera-se que o grupo anuncie uma gigantesca perda líquida no exercício 2015, decorrente dos custos com o escândalo. Pela primeira vez desde o início dos anos 1980, os acionistas podem ficar sem dividendos.

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