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Volvo vai transferir produção para evitar tarifas de importação dos EUA

Companhia está transferindo da China para Europa produção de veículo XC60, para evitar tarifas impostas por Washington sobre importações chinesas

Volvo: vendas da empresa nos EUA cresceram 40 por cento no primeiro semestre (Jonas Ekstromer/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de julho de 2018 às 17h36.

Paris/Estocolmo - A Volvo Cars está fazendo malabarismos com a produção de seu utilitário esportivo para evitar as tarifas de importação dos Estados Unidos, disse o presidente-executivo Hakan Samuelsson à Reuters na quinta-feira, enquanto a empresa persegue o quinto ano consecutivo de vendas recordes.

A empresa está transferindo da China para Europa a produção de seu veículo utilitário esportivo XC60 para o mercado dos EUA, a fim de evitar as novas tarifas impostas por Washington sobre as importações chinesas, disse Samuelsson em entrevista depois de revelar um aumento de 29 por cento no lucro operacional do segundo trimestre.

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A Volvo, cuja controladora chinesa Geely está avaliando listar a empresa em bolsa, monta atualmente o compacto XC60 na Suécia para clientes europeus e na China para os demais mercados, incluindo os EUA .

"Vamos, naturalmente, fazer uma reacomodação aqui e levar os XC60s produzidos para o mercado dos EUA ... para nossa fábrica na Europa, e deixar a China produzir para outros mercados", disse presidente-executivo, acrescentando que a mudança havia começado.

Adquirida pela Geely em 2010, a montadora de carros de luxo registrou o quarto ano seguido de vendas recordes, melhorando seu desempenho em relação às maiores rivais, a Mercedes e a BMW.

O lucro líquido subiu 40 por cento, para 3 bilhões de coroas suecas (337 milhões de dólares) nos três meses encerrados em 30 de junho, enquanto a receita foi de 66 bilhões de coroas, um aumento de mais de 25 por cento.

O lucro operacional foi de 4,2 bilhões de coroas, com fluxo de caixa livre positivo de 3,7 bilhões de coroas em

A Geely contratou Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley para preparar a listagem da Volvo em bolsa este ano, informou a Reuters em maio, uma operação que pode avaliar a empresa entre 16 bilhões e 30 bilhões de dólares.

Prometendo atingir um quinto recorde em 2018, Samuelsson disse que a Volvo está "bem posicionada para um novo período de crescimento global sustentável". A empresa inaugurou recentemente sua primeira fábrica nos EUA, na Carolina do Sul, agora elevando a produção de sedãs S60.

Embora o investimento de 1,1 bilhão de dólares nos EUA ofereça algum alívio às crescentes barreiras comerciais, a empresa continua dependente da importação de SUVs e sedãs grandes para o seu mercado de crescimento mais rápido. As vendas da Volvo nos EUA cresceram 40 por cento no primeiro semestre.

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