Volvo: redução de postos de trabalho revelada nesta quinta-feira foi uma expansão de um plano para cortar 2.000 postos (Harold Cunningham/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 10h27.
Estocolmo - A Volvo, segunda maior fabricante de caminhões do mundo, vai elevar o corte de empregos para 4.400 postos, mais do dobro do seu plano original, depois de impactos do câmbio e do custo de lançamento de novos modelos terem impedido um aumento nos lucros trimestrais.
Mas a maior empregadora privada da Suécia também revelou um consumo mais forte que o esperado no fim do quarto trimestre na América do Norte, o que levou suas ações a uma alta de 4,39 por cento às 10h23 (horário de Brasília) na bolsa de Estocolmo.
"A entrada de pedidos para caminhões foi a principal surpresa positiva", disse o banco sueco Handelsbanken, em nota.
A Volvo, que disputa com a alemã Daimler o posto de líder de mercado, registrou lucro operacional do quarto trimestre excluindo custos de reestruturação de 3,08 bilhões de coroas (471,65 milhões de dólares), ante 2,19 bilhões um ano antes e abaixo da previsão de 3,8 bilhões em uma pesquisa da Reuters com analistas.
Maior empresa da Suécia por vendas, cuja lucratividade tem tradicionalmente ficado atrás de rivais como a Scania e o grupo norte-americano Paccar, a Volvo está no segundo ano de um extenso plano para aumentar suas margens de lucro, em parte calcado no corte de funcionários.
A Volvo, que emprega 115 mil trabalhadores, disse que a redução de postos de trabalho revelada nesta quinta-feira foi uma expansão de um plano para cortar 2.000 postos, anunciado no ano passado e que envolveria funcionários em seu negócio de caminhões e em áreas como vendas e marketing.
A companhia, que fabrica caminhões pesados de marca homônima e também das marcas Renault, Mack e UD, disse que a entrada de pedidos subiu 12 por cento no quarto trimestre na comparação anual, superando a queda de 1 por cento estimada por analistas.
A empresa também deixou inalteradas as suas previsões para o mercado de caminhões este ano, o que implica uma ligeira queda na Europa e um crescimento modesto na América do Norte e no Brasil.
A perspectiva ficou mais ou menos em linha com a da Daimler, que, no entanto, espera um desenvolvimento ligeiramente mais lento no Brasil e um potencial de crescimento um pouco mais forte na América do Norte .