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Volkswagen anuncia lançamento de 16 modelos até 2028 e R$ 9 bilhões em investimentos no Brasil

Todas as fábricas da montadora alemã no Brasil serão beneficiadas

Empresa está trazendo nova plataforma ao país para montagem de veículos híbridos flex (LightRocket/Getty Images)

Empresa está trazendo nova plataforma ao país para montagem de veículos híbridos flex (LightRocket/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 05h30.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 14h52.

Depois da General Motors, foi a vez da Volkswagen anunciar um novo ciclo de investimentos no país. A montadora alemã divulgou que pretende investir R$ 9 bilhões no Brasil até 2028. Considerando os R$ 7 bilhões do atual ciclo de investimentos, iniciado em 2022 e que vai até 2026, o valor total investido pela empresa será de R$ 16 bilhões nos próximos cinco anos.

O anúncio foi feito pelo presidente da montadora no Brasil, Ciro Possobom, durante encontro com jornalistas.

— Após a pandemia, somos a montadora que mais está investindo no país — afirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha dito nesta semana que a montadora alemã tinha intenção de renovar os investimentos no país, produzindo novos motores e carros híbridos. Hoje, Lula vai visitar a unidade da Volks em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde iniciou sua trajetória política.

Montagem de híbridos flex e novos modelos

O executivo disse que até 2028 serão lançados 16 novos modelos da marca no país. Ele afirmou que a produção de elétricos puros da Volks no Brasil deve ficar mais para o final desta década, já que depende de uma cadeia de fornecedores mais complexa. Enquanto isso, a marca continuará importando esse tipo de carro.

A Volks também está trazendo uma nova plataforma ao país para a montagem de veículos híbridos flex, mais tecnológicos e sustentáveis. A produção de híbridos, porém, não deve começar em 2024, adiantou o CEO da Volks.

Ciro Possobom lembrou que a Volks foi o terceiro grupo que mais vendeu carros elétricos no mundo em 2023, com 770 mil unidades, mas salientou que não é possível "pegar a mesma estratégia da Europa e China e trazer ao Brasil". Ele afirma que o carro flex é um ativo importante do Brasil, uma boa solução antes da eletrificação.

Todas as fábricas brasileiras receberão investimentos

As quatro fábricas no país serão beneficiadas com os investimentos. Em São Bernardo do Campo (SP), onde são fabricados o Nivus, Polo, Virtus e linha Saveiro, serão desenvolvidos mais dois modelos novos. Na unidade de Taubaté (SP), em que é fabricado o Polo Track, haverá desenvolvimento de mais um carro.

Na fábrica de São José dos Pinhais (PR) onde é feito o T-Cross, uma picape será desenvolvida. A montadora também possui uma unidade de motores em São Carlos (SP), onde um novo propulsor para veículos híbridos está sendo trabalhado.

— Estamos trazendo processos mais eficientes, com uso de inteligência artificial para inspeção, impressão 3D no processo produtivo e uso de realidade virtual — explicou Possobom, lembrando que a montadora planeja ser carbono zero até 2050.

Entre os novos produtos, além da picape, especula-se um 'crossover' (veículo que vai utilizar a base de um carro de passeio com adaptações para um SUV) de entrada para suceder o Gol.

O CEO afirmou que o Polo acabou sendo um substituto do Gol, alcançando vendas de 111 mil unidades no ano passado. Na categoria carros de passeio, a Volks foi líder em vendas em 2023, com 16,9% do mercado frente 16,1% da Fiat. O T-Cross foi o SUV mais vendido no ano passado, com 72 mil unidades.

O presidente da Volks afirmou que o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), lançado pelo governo no ano passado, que reduz imposto de quem polui menos, aumenta exigências de sustentabilidade e expande investimentos em eficiência energética e vai na direção do caminho que a montadora está seguindo.

No total, a estimativa é que o programa atinja R$ 19 bilhões em créditos concedidos às companhias que se enquadrarem a ele. O governo também retomou o imposto de carros elétricos importados como forma de incentivar o investimento no Brasil para a produção desses modelos.

(Com informações da Agência O Globo)

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