A operadora de telefonia celular Vivo espera registrar crescimento de 70% no número de novos assinantes conquistados neste Natal em relação ao mesmo período do ano passado. A afirmação foi feita nesta terça-feira (25/11) pelo vice-presidente executivo de operações da empresa, Paulo César Teixeira. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até setembro a Vivo detinha 18,5 milhões de assinantes, o equivalente a 46% dos usuários de celular no país.

O executivo participou de evento em São Paulo para lançar oficialmente a parceria da Vivo com a fabricante de celulares japonesa Kyocera, que está estreando no mercado brasileiro. A Vivo passou a comercializar no último final de semana, em São Paulo, um modelo de celular da Kyocera, o K112, o primeiro da empresa a ser vendido no país. Ainda nesta semana a venda deve começar no no Rio de Janeiro. O aparelho, um dos mais baratos do mercado, se juntará a outros dois modelos de baixo custo comercializados pela Vivo, o C210 da Motorola e o 2280 da Nokia. Com preços variando entre 200 e 300 reais, são esses aparelhos, apelidados de terminais de entrada, os escolhidos por cerca de 55% dos novos clientes, de acordo com o vice-presidente da Vivo.

A Kyocera não revela quanto investirá no mercado brasileiro nem quantos aparelhos pretende fabricar e comercializar no país. Por enquanto, toda a produção local é terceirizada. O K112 é fabricado pela empresa Flextronic, em Sorocaba, interior de São Paulo. A produção começou neste mês de novembro.

Outro modelo de celular da empresa, o Opal, mais sofisticado, é fabricado pela Selectron, na região de Campinas, desde agosto. Os aparelhos são exportados para o México e a Argentina.

Segundo Luiz Fernando Torres, diretor da Kyocera no Brasil, a empresa quer fazer do país um pólo exportador para os países da América Latina. Cerca de 30% da produção local deve ser destinada a outros países. A Kyocera comprou em fevereiro de 2000 os negócios mundiais da Qualcomm na área de telefonia celular, com tecnologia CDMA.