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Vigilantes do Peso perde clientes para aplicativos de dieta

Companhia informou seu quarto trimestre consecutivo de declínio das vendas, com menos pessoas indo às reuniões e comprando seus produtos


	Weight Watchers, ou Vigilantes do Peso: companhia projetou lucros abaixo das estimativas, o que fez com que as ações despencassem 28% para US$ 22,10 no dia 14 de fevereiro
 (Qilai Shen/Bloomberg)

Weight Watchers, ou Vigilantes do Peso: companhia projetou lucros abaixo das estimativas, o que fez com que as ações despencassem 28% para US$ 22,10 no dia 14 de fevereiro (Qilai Shen/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 16h57.

Chicago - A desapontadora previsão de lucros da Weight Watchers International forneceu mais evidências de que os novos aplicativos para dispositivos móveis e braceletes que mostram as calorias estão prejudicando as companhias tradicionais de dietas.

A Weight Watchers, apoiada por celebridades como Jessica Simpson, informou seu quarto trimestre consecutivo de declínio das vendas depois do encerramento no dia 13 de fevereiro, pois menos pessoas foram às reuniões e compraram seus produtos. A companhia também projetou lucros abaixo das estimativas dos analistas, o que fez com que as ações despencassem 28 por cento para US$ 22,10 no dia 14 de fevereiro, a pior queda em um dia desde sua oferta pública inicial, há mais de 12 anos.

A empresa de cinco décadas – fundada como um negócio caseiro por uma dona de casa de Queens – está passando por dificuldades para se ajustar à era da internet. Embora a Weight Watchers seja uma marca forte e tenha reputação como uma dieta que funciona, agora tem que concorrer com alternativas gratuitas on-line, disse Kurt Frederick, analista da Wedbush Securities Inc. com sede em Los Angeles. Esse problema prejudicou a companhia tanto na internet quanto fora dela. O site da Weight Watchers registrou um declínio de 6,7 por cento no número de usuários on-line no último trimestre.

“Eles não conseguiram encontrar uma forma de comercializar o produto para mostrar por que você deveria pagar por ele”, disse Frederick, que recomenda conservar as ações, em uma entrevista. “Esses aplicativos chegaram e basicamente ocuparam uma grande parte do espaço das dietas, portanto agora todos têm que lutar pelo restante”.

Queda da GNC

As ações da Weight Watchers perderam 37 por cento em 2013 enquanto o índice Standard Poor’s ganhou 30 por cento.


Outros fornecedores de produtos para a saúde também estão sentido o aperto. A GNC Holdings Inc., varejista de suplementos nutricionais, caiu 15 por cento no dia 14 de fevereiro, a maior queda em um dia desde sua abertura de capital em 2011. A varejista com sede em Pittsburgh projetou lucros para o ano inteiro abaixo das estimativas dos analistas. O CEO Joe Fortunato disse em um comunicado do dia 13 de fevereiro que a companhia enfrentava um “ambiente de varejo desafiador”.

O lucro da Weight Watchers neste ano será de até US$ 1,60 por ação, disse a companhia com sede em Nova York em um comunicado no dia 13 de fevereiro. Os analistas projetaram US$ 2,73, a média de sete estimativas compiladas pela Bloomberg.

A receita caiu 11 por cento para US$ 366,1 milhões no quarto trimestre, porque a Weight Watchers teve menos membros ativos e não recrutou tantas pessoas. A receita gerada com a internet caiu 5,2 por cento para US$ 111,4 milhões.

“A categoria de perda de peso comercial continuou sofrendo o impacto das crescentes tentativas dos consumidores com monitores de atividade e aplicativos gratuitos”, disse a companhia.

Aplicativos para iPhone

As companhias tradicionais de dietas e nutrição enfrentam a concorrência de softwares e hardwares novos. Aplicativos para iPhone e acessórios ajudam quem está de dieta a acompanhar sua saúde e a se exercitar. Até agora, a Weight Watchers não deu uma resposta convincente a esses produtos, disse Frederick.

A Weight Watchers está usando Simpson para promover seu novo programa de duas semanas, o Simple Start, que fornece aos clientes uma lista de alimentos para comer e possui um aplicativo móvel. Os usuários que querem acesso a reuniões e ferramentas on-line pagam US$ 32,95 pelo primeiro mês.

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