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Vender Alphaville foi a melhor opção, diz diretor da Gafisa

Em entrevista a EXAME.com, André Bergstein explica por que a Gafisa decidiu vender o controle de sua empresa mais rentável

Gafisa: construtora inicia fase de retomada dos negócios (Diulgação)

Daniela Barbosa

Publicado em 7 de junho de 2013 às 13h51.

São Paulo –  A Gafisa anunciou a venda de 70% da Alphaville, braço de loteamentos de alta renda, para os fundos de private equity Blackstone e Pátria. A operação foi fechada por 1,4 bilhão de reais, mas há dúvidas no mercado se a companhia fez realmente um bom negócio, uma vez que a Alphaville era a única operação aparentemente saudável da construtora .

Segundo  André Bergstein, diretor financeiro da holding Gafisa, a operação vai permitir que a construtora retome os outros negócios do grupo, com mais flexibilidade financeira. “Estamos começando um novo ciclo com os nossos negócios, muito bem encaminhados”, afirmou o executivo,  a EXAME.com. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista:

EXAME.com: Por que o grupo Gafisa optou por vender o controle da Alphaville?
André Bergstein:
Estamos em uma fase de retomada dos nossos negócios. Desde o ano passado, anunciamos que tínhamos uma estratégia para os negócios da Alphaville e a venda do controle da companhia foi a escolha certa, pois vamos começar a trabalhar com uma alavancagem mais baixa e começar a reinvestir nas nossas outras duas companhias: a Gafisa e a Tenda.

EXAME.com: Por que decidiram ficar com 30% da operação da Alphaville?
Bergstein:
Avaliamos preços e propostas e continuar como sócio, mesmo que minoritário da Alphaville foi uma alternativa que casou com os nossos interesses. Agora somos parceiros de dois fundos fortes. Foi uma solução adequada.

EXAME.com: Quais são os próximos passos com as marcas Gafisa e Tenda?
Bergstein:
Acreditamos muito nessas duas bandeiras. São marcas fortes e com tradição no mercado. Agora com os recursos da venda de parte da Alphaville, vamos ter mais potencial de investimentos.

EXAME.com: A Tenda sempre se mostrou um problema para o grupo. Por que continuam acreditando no negócio?
Bergstein:
Quando a Gafisa comprou a Tenda, em 2008, ela tinha um legado. Reestruturamos toda a operação, deixamos de anunciar lançamentos por quase 18 meses e agora, com uma estratégia de negócios totalmente nova, relançamos a marca, pois acreditamos que o mercado em que ela está inserido, o de baixa renda, tem ainda muito potencial de crescimento.


EXAME.com: O que será diferente com a operação da Tenda a partir de agora?
Bergstein:
Temos o modelo de negócio certo para o segmento certo. Agora, por exemplo, só lançamos o empreendimento quando todo o projeto estiver contratado. A gente tem um projeto, ele está redondo e acreditamos no segmento econômico, mas estamos retomando os investimentos com cautela.

EXAME.com: Quais as regiões do Brasil a Gafisa pretende explorar com a Tenda?
Bergstein:
São basicamente quatro regiões, São Paulo, Rio de Janeiro, Minhas Gerais e o Nordeste, mais especificamente na Bahia e Pernambuco.

EXAME.com: As marcas Gafisa e Tenda vão começar a operar no azul daqui para frente?
Bergstein:
À medida que a fomos entregando os novos empreendimentos, será normal a retomada mais saudável da operação.  A Gafisa já está mostrando resultados e os números do primeiro trimestre já foram bem melhores que os anteriores.

EXAME.com: Se a operação tivesse sido fechada no 1º trimestre, pela simulação de vocês, o endividamento da Gafisa cairia para R$ 1,5 bilhão. Esse patamar é saudável?
Bergstein:
Sim, para uma empresa do setor de construção é um número bem administrável.

EXAME.com: Dá para afirmar que a Gafisa vai sair do vermelho em 2013?
Bergstein:
Não trabalhamos com perspectiva, mas o impacto da operação vai começar a ser sentida a partir do segundo trimestre do ano, quando teremos cumprido todas as obrigações para a conclusão da operação

EXAME.com: Pelo menos dá a afirmar que a companhia inicia a partir de agora um novo ciclo?
Bergstein:
Sem dúvida, estamos entrando em uma fase muito positiva, com recursos, grau de endividamento menor, com um portfólio com foco operacional muito legal. Estamos começando um novo ciclo com os nossos negócios - muito bem encaminhados e flexibilidade financeira.

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São Paulo –  A Gafisa anunciou a venda de 70% da Alphaville, braço de loteamentos de alta renda, para os fundos de private equity Blackstone e Pátria. A operação foi fechada por 1,4 bilhão de reais, mas há dúvidas no mercado se a companhia fez realmente um bom negócio, uma vez que a Alphaville era a única operação aparentemente saudável da construtora .

Segundo  André Bergstein, diretor financeiro da holding Gafisa, a operação vai permitir que a construtora retome os outros negócios do grupo, com mais flexibilidade financeira. “Estamos começando um novo ciclo com os nossos negócios, muito bem encaminhados”, afirmou o executivo,  a EXAME.com. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista:

EXAME.com: Por que o grupo Gafisa optou por vender o controle da Alphaville?
André Bergstein:
Estamos em uma fase de retomada dos nossos negócios. Desde o ano passado, anunciamos que tínhamos uma estratégia para os negócios da Alphaville e a venda do controle da companhia foi a escolha certa, pois vamos começar a trabalhar com uma alavancagem mais baixa e começar a reinvestir nas nossas outras duas companhias: a Gafisa e a Tenda.

EXAME.com: Por que decidiram ficar com 30% da operação da Alphaville?
Bergstein:
Avaliamos preços e propostas e continuar como sócio, mesmo que minoritário da Alphaville foi uma alternativa que casou com os nossos interesses. Agora somos parceiros de dois fundos fortes. Foi uma solução adequada.

EXAME.com: Quais são os próximos passos com as marcas Gafisa e Tenda?
Bergstein:
Acreditamos muito nessas duas bandeiras. São marcas fortes e com tradição no mercado. Agora com os recursos da venda de parte da Alphaville, vamos ter mais potencial de investimentos.

EXAME.com: A Tenda sempre se mostrou um problema para o grupo. Por que continuam acreditando no negócio?
Bergstein:
Quando a Gafisa comprou a Tenda, em 2008, ela tinha um legado. Reestruturamos toda a operação, deixamos de anunciar lançamentos por quase 18 meses e agora, com uma estratégia de negócios totalmente nova, relançamos a marca, pois acreditamos que o mercado em que ela está inserido, o de baixa renda, tem ainda muito potencial de crescimento.


EXAME.com: O que será diferente com a operação da Tenda a partir de agora?
Bergstein:
Temos o modelo de negócio certo para o segmento certo. Agora, por exemplo, só lançamos o empreendimento quando todo o projeto estiver contratado. A gente tem um projeto, ele está redondo e acreditamos no segmento econômico, mas estamos retomando os investimentos com cautela.

EXAME.com: Quais as regiões do Brasil a Gafisa pretende explorar com a Tenda?
Bergstein:
São basicamente quatro regiões, São Paulo, Rio de Janeiro, Minhas Gerais e o Nordeste, mais especificamente na Bahia e Pernambuco.

EXAME.com: As marcas Gafisa e Tenda vão começar a operar no azul daqui para frente?
Bergstein:
À medida que a fomos entregando os novos empreendimentos, será normal a retomada mais saudável da operação.  A Gafisa já está mostrando resultados e os números do primeiro trimestre já foram bem melhores que os anteriores.

EXAME.com: Se a operação tivesse sido fechada no 1º trimestre, pela simulação de vocês, o endividamento da Gafisa cairia para R$ 1,5 bilhão. Esse patamar é saudável?
Bergstein:
Sim, para uma empresa do setor de construção é um número bem administrável.

EXAME.com: Dá para afirmar que a Gafisa vai sair do vermelho em 2013?
Bergstein:
Não trabalhamos com perspectiva, mas o impacto da operação vai começar a ser sentida a partir do segundo trimestre do ano, quando teremos cumprido todas as obrigações para a conclusão da operação

EXAME.com: Pelo menos dá a afirmar que a companhia inicia a partir de agora um novo ciclo?
Bergstein:
Sem dúvida, estamos entrando em uma fase muito positiva, com recursos, grau de endividamento menor, com um portfólio com foco operacional muito legal. Estamos começando um novo ciclo com os nossos negócios - muito bem encaminhados e flexibilidade financeira.

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