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Vendas da Colgate decepcionam com a fraca demanda da América Latina

Vendas líquidas da companhia subiram 6,4% no primeiro trimestre, para 4 bilhões de dólares

Colgate-Palmolive: vendas na América Latina foram de 929 milhões de dólares, alta de 0,5% (Susana Gonzalez/Bloomberg/Bloomberg)

Colgate-Palmolive: vendas na América Latina foram de 929 milhões de dólares, alta de 0,5% (Susana Gonzalez/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2018 às 20h25.

A Colgate-Palmolive disse que as vendas do primeiro trimestre ficaram abaixo das expectativas devido à estagnação da demanda na América Latina - seu maior mercado - levando a empresa a reduzir a previsão de vendas amplas.

As empresas norte-americanas de produtos embalados vêm enfrentando dificuldades com a baixa demanda e as tensões de preço com os varejistas, que estão reduzindo estoques, oferecendo descontos e se concentrando em marcas próprias para cortar custos.

Embora a Colgate tenha gasto quase 13 por cento a mais em publicidade em relação ao trimestre anterior e cortado preços entre 0,5 e 2,5 por cento na Europa e na América do Norte em contra um ano antes, as vendas orgânicas não viram o aumento esperado.

O crescimento nas vendas orgânicas, que excluem os benefícios de aquisições e vendas, desacelerou para 1,5 por cento no primeiro trimestre, ante mais de 2 por cento no trimestre anterior, uma vez que a empresa não viu nenhum crescimento nos volumes nos mercados em desenvolvimento.

A empresa disse que agora espera que suas vendas principais cresçam na faixa um dígito baixo em 2018, em comparação com o crescimento um dígito baixo a médio projetado anteriormente.

A ação da Colgate chegou a cair 3 por cento, a 64,85 dólares, piso em 14 meses, mas fechou em baixa de 0,3 por cento.

Os resultados mais fracos não são uma surpresa à luz dos resultados tépidos relatados pelos colegas da Colgate, disse William Chappell, analista da Suntrust Robinson, mas acrescentou que a queda de vendas foi uma surpresa.

As vendas líquidas da Colgate subiram 6,4 por cento, para 4 bilhões de dólares, mas ficaram um pouco abaixo da estimativa média dos analistas, de 4,02 bilhões dólares, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

As vendas na América Latina subiram apenas 0,5 por cento, para 929 milhões de dólares, atingidas por uma queda na demanda no México, mas os cortes de preços na Europa e na América do Norte reverteram parte da fraqueza.

A P&G no início do mês também registrou crescimento orgânico de vendas que decepcionou Wall Street, principalmente por causa das pressões de preços num ambiente com varejistas cortando custos.

Ainda assim, as ações da Colgate superaram as de seus pares. Enquanto o índice S&P 500 caiu mais de 18 por cento neste ano, as ações da Colgate caíram 12 por cento. Em comparação, as ações da P&G caíram 21 por cento.

Excluindo alguns itens, a Colgate lucro 0,74 dólar por ação, acima da estimativa média de 0,72 dólar dos analistas.

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