Venda não afeta fábrica no Brasil, diz presidente da Pirelli
A ChemChina fechou a compra de 26% da companhia na segunda-feira
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2015 às 09h00.
São Paulo - A italiana Pirelli anunciou nesta semana que se tornará, em breve, uma companhia de controle chinês.
A ChemChina fechou a compra de 26% da companhia na segunda-feira e deverá ter pelo menos 50,1% do negócio a partir de julho.
Além de dinheiro novo, os chineses trarão à Pirelli capacidade de produção suficiente para dobrar a produção de pneus para ônibus e caminhões da empresa.
Isso levou a rumores de que a Pirelli poderia fechar fábricas ao redor do mundo, incluindo no Brasil.
O presidente global da companhia, Marco Tronchetti Provera, negou, porém, qualquer plano de fechar unidades no País.
Estamos no Brasil há mais de 80 anos e temos uma posição local muito forte.
Nós garantimos que não vamos fechar fábricas, disse Provera em entrevista ao Estado, ontem.
A questão do mercado brasileiro, frisou o executivo, não é a entrada ou não do sócio chinês na Pirelli, mas a própria crise do setor automotivo local, que sente uma forte queda nas vendas. Há um problema no mercado brasileiro, frisou o executivo.
É por isso que, embora descarte o fechamento de fábricas por causa de uma reorganização global, a Pirelli deverá fazer cortes na operação brasileira para se ajustar à demanda mais fraca.
De acordo com a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas totais de veículos - incluindo caminhões, ônibus e tratores - caíram mais de 26% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por isso, todas as montadoras estão fazendo ajustes, com demissões, férias coletivas e suspensões de contratos de trabalho.
A Pirelli, que depende basicamente da demanda dessas fabricantes, já anunciou que deverá fazer o mesmo, embora ainda não tenha definido o tamanho do corte.
Segundo Provera, o produto chinês - que ganhará o upgrade da tecnologia desenvolvida pela Pirelli - não deverá disputar o mercado brasileiro, onde a empresa mantém quatro fábricas e produz quase toda a sua linha de produtos.
As fábricas de Feira de Santana (BA), Gravataí (RS), Campinas e Santo André (ambas em São Paulo) concentram hoje cerca de 12 mil funcionários.
A América Latina é, ao lado da Europa, o principal mercado da Pirelli, concentrando 34% das vendas. O Brasil basicamente concentra quase a totalidade da produção para a região, embora a companhia mantenha fábricas de pequeno porte na Argentina e na Venezuela.
O sócio chinês trará à Pirelli uma fatia maior do mercado chinês e também pode ser uma porta de entrada no mercado americano, onde a Pirelli não tem presença relevante.
Ao se associar à ChemChina, explicou o executivo, a empresa dobra sua presença global no segmento industrial, que concentra pneus para caminhões, ônibus e tratores.
Eles têm porte na China, mas os produtos são de baixo valor. Agora, eles ganham acesso à nossa tecnologia, explicou Provera.
A fatia de 26,2% relativa ao acordo fechado esta semana pertencia à Camfin, uma holding que tinha como sócio principal o próprio presidente global da Pirelli. A ChemChina pagou 15 por ação da Pirelli, em um negócio que avaliou a italiana em 7,1 bilhões.
O grupo de Provera deverá participar, ao lado da ChemChina, da operação de fechamento de capital da companhia, previsto para julho. Dependendo da receptividade do mercado para a operação, a fatia chinesa na Pirelli deverá variar de 50,1% a 65%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A italiana Pirelli anunciou nesta semana que se tornará, em breve, uma companhia de controle chinês.
A ChemChina fechou a compra de 26% da companhia na segunda-feira e deverá ter pelo menos 50,1% do negócio a partir de julho.
Além de dinheiro novo, os chineses trarão à Pirelli capacidade de produção suficiente para dobrar a produção de pneus para ônibus e caminhões da empresa.
Isso levou a rumores de que a Pirelli poderia fechar fábricas ao redor do mundo, incluindo no Brasil.
O presidente global da companhia, Marco Tronchetti Provera, negou, porém, qualquer plano de fechar unidades no País.
Estamos no Brasil há mais de 80 anos e temos uma posição local muito forte.
Nós garantimos que não vamos fechar fábricas, disse Provera em entrevista ao Estado, ontem.
A questão do mercado brasileiro, frisou o executivo, não é a entrada ou não do sócio chinês na Pirelli, mas a própria crise do setor automotivo local, que sente uma forte queda nas vendas. Há um problema no mercado brasileiro, frisou o executivo.
É por isso que, embora descarte o fechamento de fábricas por causa de uma reorganização global, a Pirelli deverá fazer cortes na operação brasileira para se ajustar à demanda mais fraca.
De acordo com a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas totais de veículos - incluindo caminhões, ônibus e tratores - caíram mais de 26% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por isso, todas as montadoras estão fazendo ajustes, com demissões, férias coletivas e suspensões de contratos de trabalho.
A Pirelli, que depende basicamente da demanda dessas fabricantes, já anunciou que deverá fazer o mesmo, embora ainda não tenha definido o tamanho do corte.
Segundo Provera, o produto chinês - que ganhará o upgrade da tecnologia desenvolvida pela Pirelli - não deverá disputar o mercado brasileiro, onde a empresa mantém quatro fábricas e produz quase toda a sua linha de produtos.
As fábricas de Feira de Santana (BA), Gravataí (RS), Campinas e Santo André (ambas em São Paulo) concentram hoje cerca de 12 mil funcionários.
A América Latina é, ao lado da Europa, o principal mercado da Pirelli, concentrando 34% das vendas. O Brasil basicamente concentra quase a totalidade da produção para a região, embora a companhia mantenha fábricas de pequeno porte na Argentina e na Venezuela.
O sócio chinês trará à Pirelli uma fatia maior do mercado chinês e também pode ser uma porta de entrada no mercado americano, onde a Pirelli não tem presença relevante.
Ao se associar à ChemChina, explicou o executivo, a empresa dobra sua presença global no segmento industrial, que concentra pneus para caminhões, ônibus e tratores.
Eles têm porte na China, mas os produtos são de baixo valor. Agora, eles ganham acesso à nossa tecnologia, explicou Provera.
A fatia de 26,2% relativa ao acordo fechado esta semana pertencia à Camfin, uma holding que tinha como sócio principal o próprio presidente global da Pirelli. A ChemChina pagou 15 por ação da Pirelli, em um negócio que avaliou a italiana em 7,1 bilhões.
O grupo de Provera deverá participar, ao lado da ChemChina, da operação de fechamento de capital da companhia, previsto para julho. Dependendo da receptividade do mercado para a operação, a fatia chinesa na Pirelli deverá variar de 50,1% a 65%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.