Varig deve sair da Star Alliance
Segundo presidente da aliança, a nova companhia não atende aos padrões necessários
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
A Star Alliance divulgou em comunicado nesta quinta-feira (21/12) que a Varig deixará de ser membro do consórcio internacional de companhias aéreas a partir de 31 de janeiro de 2007. No texto, a rede afirma que a atribuição oficial do Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) à nova companhia aérea gerada após a recuperação judicial, a VRG Linhas Aéreas, não continuará a preencher os pré-requisitos necessários à condição de membro.
De acordo com o presidente da Star Alliance, Jaan Albrecht, os membros da aliança trabalham de acordo com determinados padrões e processos. "Infelizmente, a velha Varig não continuará a operar como uma companhia aérea de rede e, como tal, renunciará à sua qualidade de membro", diz.
O presidente da Varig, Guilherme Laager, esteve reunido na quarta-feira (20/12) com Albrecht para negociar a participação da nova empresa na Star Alliance após o desligamento da antiga companhia. Segundo a assessoria de imprensa da Varig, não haverá alteração nenhuma para os clientes do programa Smiles de milhagens. A aérea afirma que, após a Cheta, é necessário um processo de reposicionamento no mercado da nova Varig. As novas inscrições levam, porém, em média, entre 12 a 18 meses para serem processadas.
Na prática, a companhia já não é vista como participante da Star Alliance. Das 14 companhias que o integram, apenas duas, a Air New Zealand e a Air Canada, ainda reconhecem a companhia aérea como membro da aliança e emitem passagens para os clientes Smiles. O consórcio internacional foi constituído em 1997 e entre seus integrantes estão empresas como a Lufthansa, a THAI e a United.
A aliança reforça no comunicado o interesse de continuar a oferecer seus serviços no mercado que mais cresce no mundo, o Brasil. "Procuramos assegurar novamente um parceiro latino-americano na Star", afirmou um oficial do consórcio internacional ao jornal britânico Financial Times. Uma ausência de convênios no país pode trazer desvantagens para a rede, que concorre com um consórcio rival, liderado pela American Airlines e a British Airways e que conta com a presença da aérea chilena Lan.
Dentre os privilégios remanescentes para o Programa Smiles até o final de janeiro estão a prioridade do check-in e em listas de espera, além de acesso aos lounges, oferta adicional e etiquetas prioritárias de bagagem para clientes Gold.