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Vale provisiona R$3,7 bi no 2º trimestre referente à Samarco

A Vale reconheceu provisão de R$3,7 bilhões, equivalente ao valor estimado de sua responsabilidade para compensações relativas à ruptura da barragem de rejeitos

Barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 21h20.

São Paulo - A Vale reconheceu provisão de 3,7 bilhões de reais no seu balanço do segundo trimestre, equivalente ao valor estimado de sua responsabilidade em acordo firmado em março para compensações relativas à ruptura da barragem de rejeitos da Samarco Mineração em Mariana (MG).

"Devido à reduzida expectativa de retorno das operações da Samarco em 2016, dado o status atual do processo de licenciamento ambiental, e as incertezas adicionais em relação ao fluxo de caixa da Samarco, a Vale reconheceu a provisão do valor presente da estimativa de sua responsabilidade secundária, equivalente a 50 por cento das obrigações da Samarco no acordo", afirmou a Vale em fato relevante.

A barragem do Fundão da Samarco - uma joint venture da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton - rompeu novembro do ano passado, causando a morte de 19 pessoas e o maior desastre ecológico do país.

Em acordo firmado em março com o governo federal, a Samarco e suas controladoras se comprometeram arcar com cerca de 12 bilhões de reais em reparações e compensações pelo desastre.

Na ocasião, foi anunciada a criação de uma fundação para gerir os recursos. A BHP também anunciou nesta quarta-feira que irá provisionar entre 1,1 bilhão e 1,3 bilhão de dólares para cobrir os custos do desastre.

Segundo a Vale, dada a previsão atual de fluxo de caixa da Samarco, é provável que os acionistas sejam chamados a cumprir as obrigações do acordo e, portanto, a Vale estima contribuir em torno de 150 milhões de dólares à fundação no segundo semestre.

Esta quantia será descontada da provisão anunciada.

A Vale informou ainda que pretende disponibilizar à Samarco linhas de crédito de curto prazo de até 100 milhões de dólares para apoiar suas operações, sem que isso configure uma obrigação à Samarco.

Os recurso serão liberados à medida que forem necessários, sujeitos ao cumprimento de etapas pela Samarco. A BHP Billiton também disponibilizará para Samarco linhas de crédito de curto prazo similares, disse a Vale.

São Paulo - A Samarco começa a semana enfrentando uma de suas maiores crises. As barragens de rejeito de Fundão e Santarém, nas cidades Mariana e Ouro Preto de Minas Gerais, se romperam na quinta-feira, 5. A lama e os rejeitos atingiram diversas cidades mineiras, causando mortes, um imenso dano ambiental e deixando dezenas de famílias desabrigadas. A mineradora é uma joint venture entre a Vale e a BHP Billiton e é uma das 10 maiores exportadoras brasileiras. No ano passado, ela produziu mais de 25 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro . Veja a seguir os principais números sobre o desastre e a companhia.
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