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Vale nega que soubesse de algum problema em barragens

Segundo ele, o conselho aprova a verba de loteamento das barragens com base em informações da diretoria executiva da Samarco

Mariana (MG), depois do acidente: a diretora de Sustentabilidade, Vania Somavilla, disse que o Fundo do Rio Doce tratará da recuperação da fauna do Rio Doce (Douglas Magno/AFP Photo)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 14h47.

São Paulo - O conselho da Samarco se reúne, em condições normais, três vezes ao ano para debater temas de mais alto nível, como o direcionamento estratégico da empresa, informou o diretor-executivo da Vale , Peter Poppinga, conselheiro da joint venture.

Em 2015, o colegiado já havia se reunido por duas vezes e, após o acidente, passou a fazer encontros duas vezes por semana.

Poppinga negou que o conselho soubesse de algum problema nas barragens da Samarco .

Segundo ele, o conselho aprova a verba de loteamento das barragens com base em informações da diretoria executiva da Samarco.

O diretor insistiu que é preciso diferenciar o distanciamento jurídico mantido pela Vale da ajuda humanitária prestada.

"Não estou aqui para anunciar que estive lá (em Mariana). Sei que nossos equipamentos estavam lá desde as primeiras horas", afirmou Murilo Ferreira, presidente da mineradora.

O executivo destacou que o Fundo do Rio Doce, anunciado nesta sexta-feira, 27, pela Vale, não está sendo criado por obrigação legal, mas por iniciativa das sócias da Samarco.

A ideia é atrair outras participantes, como empresas do entorno do rio e entidades internacionais. A Vale ainda não definiu o valor que será aportado nesse fundo.

"Isto é um caminho que vamos seguir porque estamos abraçados a essa causa. Não estamos fazendo isso por obrigação legal. O fundo é voluntário para ajudar a recuperação do Rio Doce", disse Ferreira, afirmando que empresas e entidades que quiserem participar do fundo serão bem-vindas.

A diretora de Sustentabilidade, Vania Somavilla, disse que o Fundo do Rio Doce tratará da recuperação da fauna do Rio Doce, questões de saneamento e uso do solo, entre outras.

Ela fez questão de diferenciar esse fundo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Samarco e o Ministério Público para cobrir danos pelo acidente.

Interferência

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou em coletiva de imprensa que a mineradora deu ajuda humanitária à Samarco desde o início do acidente em Mariana (MG), mas que, por questões concorrenciais, não pode interferir nas operações da fabricante de pelotas da qual é acionista ao lado da BHP Billiton.

"Quando a gente diz que não tem interferência direta na Samarco, é porque não podemos", disse o executivo.

A Vale e a Samarco são concorrentes no mercado de pelotas. A primeira produz 50 milhões de toneladas e a segunda 30 milhões de toneladas de um mercado de 130 milhões de toneladas.

"Nunca fui ao escritório da Samarco em Belo Horizonte ou em suas operações em Mariana por questões de governança", afirmou.

Questionada sobre o comunicado em que a Vale alega ser "mera acionista" da Samarco, a diretora-executiva de Sustentabilidade da Vale, Vania Somavilla, disse que os termos do comunicado foram embasados em questões jurídicas e antitruste.

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São Paulo - O conselho da Samarco se reúne, em condições normais, três vezes ao ano para debater temas de mais alto nível, como o direcionamento estratégico da empresa, informou o diretor-executivo da Vale , Peter Poppinga, conselheiro da joint venture.

Em 2015, o colegiado já havia se reunido por duas vezes e, após o acidente, passou a fazer encontros duas vezes por semana.

Poppinga negou que o conselho soubesse de algum problema nas barragens da Samarco .

Segundo ele, o conselho aprova a verba de loteamento das barragens com base em informações da diretoria executiva da Samarco.

O diretor insistiu que é preciso diferenciar o distanciamento jurídico mantido pela Vale da ajuda humanitária prestada.

"Não estou aqui para anunciar que estive lá (em Mariana). Sei que nossos equipamentos estavam lá desde as primeiras horas", afirmou Murilo Ferreira, presidente da mineradora.

O executivo destacou que o Fundo do Rio Doce, anunciado nesta sexta-feira, 27, pela Vale, não está sendo criado por obrigação legal, mas por iniciativa das sócias da Samarco.

A ideia é atrair outras participantes, como empresas do entorno do rio e entidades internacionais. A Vale ainda não definiu o valor que será aportado nesse fundo.

"Isto é um caminho que vamos seguir porque estamos abraçados a essa causa. Não estamos fazendo isso por obrigação legal. O fundo é voluntário para ajudar a recuperação do Rio Doce", disse Ferreira, afirmando que empresas e entidades que quiserem participar do fundo serão bem-vindas.

A diretora de Sustentabilidade, Vania Somavilla, disse que o Fundo do Rio Doce tratará da recuperação da fauna do Rio Doce, questões de saneamento e uso do solo, entre outras.

Ela fez questão de diferenciar esse fundo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Samarco e o Ministério Público para cobrir danos pelo acidente.

Interferência

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou em coletiva de imprensa que a mineradora deu ajuda humanitária à Samarco desde o início do acidente em Mariana (MG), mas que, por questões concorrenciais, não pode interferir nas operações da fabricante de pelotas da qual é acionista ao lado da BHP Billiton.

"Quando a gente diz que não tem interferência direta na Samarco, é porque não podemos", disse o executivo.

A Vale e a Samarco são concorrentes no mercado de pelotas. A primeira produz 50 milhões de toneladas e a segunda 30 milhões de toneladas de um mercado de 130 milhões de toneladas.

"Nunca fui ao escritório da Samarco em Belo Horizonte ou em suas operações em Mariana por questões de governança", afirmou.

Questionada sobre o comunicado em que a Vale alega ser "mera acionista" da Samarco, a diretora-executiva de Sustentabilidade da Vale, Vania Somavilla, disse que os termos do comunicado foram embasados em questões jurídicas e antitruste.

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