Negócios

Vale não sente impacto da crise no Oriente Médio

Contratos da Vale para a região não chegam a 3% das vendas totais

Protestos no Egito: região tem pouco peso nos negócios da Vale (John Moore/Getty Images)

Protestos no Egito: região tem pouco peso nos negócios da Vale (John Moore/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 16h31.

São Paulo - A Vale não acredita que os problemas políticos do Oriente Médio vão refletir no seu desempenho. "Não acreditamos que essa crise, do ponto de vista econômico, tenha repercussão muito grande nos nossos negócios", disse José Carlos Martins, diretor executivo de marketing, vendas e estratégia da Vale, em encontro com jornalistas nesta sexta-feira (25/2).

A Vale vende, basicamente, minério de ferro na região. "Temos um grande cliente no Egito, que está operando normalmente, e também um grande cliente na Líbia, que está com a operação paralisada”, afirma o executivo. “Mas as nossas vendas no Oriente Médio não chegam a 3% das vendas totais", disse Martins. No Egito e na Líbia, em particular, não a fatia não chega a 1%.

Em relação aos preços, há impacto em metais e commodities, especialmente cobre e níquel, segundo Martins. "Logo que começou a crise, os preços baixaram, mas nada muito expressivo", disse. A empresa também não teme a alta do petróleo, apesar de ser grande consumidora do combustível.

Em termos regionais, o maior cliente da Vale é a China. No ano passado, o país respondeu por 33,1% da receita operacional da mineradora, ou 15,4 bilhões de dólares. O Oriente Médio e a África, onde se concentram as turbulências políticas que eclodiram após o levante da Tunísia e a queda do ditador do Egito, Hosni Mubarak, são contabilizados pela Vale na linha "Outros países". Esse grupo representou 3,9% da receita operacional da companhia no ano passado, ou 1,8 bilhão de dólares.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaMineraçãoOriente MédioRoger AgnelliSiderúrgicasValeVendas

Mais de Negócios

Polishop pede recuperação judicial com dívida de R$ 352 milhões

Na startup Carefy, o lucro veio quando a empresa resolveu focar na operação — e não na captação

Liderança sustentável: qual é papel do líder na construção de um futuro responsável?

“É fundamental que as empresas continuem operando no RS”, diz presidente da Tramontina

Mais na Exame