Vale fará provisão adicional no balanço do 2º tri referente a caso Samarco
Provisão inicial foi baseada nas estimativas do custo total dos 42 programas a serem implementados para reparar danos causados pelo rompimento da barragem
Reuters
Publicado em 17 de julho de 2018 às 20h28.
Última atualização em 17 de julho de 2018 às 20h28.
Rio de Janeiro - A mineradora Vale informou nesta terça-feira que fará provisão adicional de 1,5 bilhão de reais no balanço do segundo trimestre referente a obrigações pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco em novembro de 2015 em Mariana (MG).
"A Vale reafirma seu comprometimento com a reparação e compensação dos impactos do rompimento da barragem da Samarco, assegurando provisão adicional para programas gerenciados pela Fundação Renova", disse a empresa em comunicado.
A Fundação Renova é uma instituição independente criada para reparar danos causados pelo rompimento da barragem, que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, desde a cidade de Mariana , em Minas Gerais, até o litoral do Estado do Espírito Santo.
O montante, segundo a Vale, será reconhecido "nas suas demonstrações contábeis intermediárias de 30 de junho de 2018, que totalizam o valor presente das estimativas da sua responsabilidade secundária no suporte aos trabalhos da Fundação Renova, e são equivalentes a 50 por cento das obrigações adicionais da Samarco pelos próximos 12 anos".
De acordo com a mineradora, a provisão inicial de 3,7 bilhões de reais, feita no segundo trimestre de 2016, foi baseada nas estimativas preliminares do custo total dos 42 programas a serem implementados pela Fundação Renova, de acordo com o primeiro acordo com autoridades, em março de 2016.
"A Fundação Renova foi posteriormente estabelecida em 30 de junho de 2016 e, após substancial progresso no desenvolvimento e execução dos programas, as estimativas foram revisadas e os dispêndios desses programas atualizados", afirmou.
O balanço do segundo trimestre da Vale deve ser publicado em 25 de julho.