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Vale diz que manterá proposta para empregados em greve no Canadá

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Vale vai manter sua proposta para os trabalhadores em greve desde agosto da mina de Vosey's Bay, no Canadá, que consiste numa padronização com os direitos dos demais empregados da companhia no mundo, disse nesta segunda-feira o presidente da mineradora, Roger Agnelli.   Ainda assim, o executivo prevê que […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Vale vai manter sua proposta para os trabalhadores em greve desde agosto da mina de Vosey's Bay, no Canadá, que consiste numa padronização com os direitos dos demais empregados da companhia no mundo, disse nesta segunda-feira o presidente da mineradora, Roger Agnelli.

Ainda assim, o executivo prevê que as negociações com os empregados das operações canadenses da Vale, obtidas após a compra da Inco, em 2006, acabarão chegando a uma boa conclusão.

"Fizemos uma proposta absolutamente equilibrada, uma proposta que não fere nenhum tipo de direito adquirido. Estamos preparando a companhia para o futuro, e o futuro é um futuro de mercado bastante competitivo", disse o executivo após a entrega do prêmio Equilibrista do Ano ao diretor financeiro da Vale, Fábio Barbosa, concedido pelo Ibef.

"O que a gente está olhando é a nossa responsabilidade enquanto gestores, de manter empresa saudável, competitiva no médio e longo prazo, não estamos olhando o curto prazo", complementou.

Agnelli explicou que os obstáculos para um acordo com os trabalhadores se referem ao plano de aposentadoria e ao bônus.

"A Union Steel (sindicato da categoria no Canadá) defende para todos os trabalhadores na área de siderurgia e metalurgia o benefício definido, nós temos um princípio diferente (contribuição previdenciária definida)... a gente entende que é melhor para o trabalhador", avaliou.

Sobre o bônus, a polêmica se concentra no critério adotado. Na Vale, a remuneração extra ao empregado se dá por mérito, enquanto os trabalhadores da Inco haviam conseguido, há alguns anos, vincular esse bônus à London Metal Exchange (LME), "e isso não tem atuação direta na performance do empregado", explicou Agnelli.

"São esses dois princípios que eu acho que a gente não deve abrir mão", afirmou.

Ele não soube dizer quando seriam as reuniões da Vale Inco com os empregados em greve, mas indicou que poderiam estar acontecendo nesta segunda-feira.

"Deve estar tendo alguma reunião com Vosey's Bay, não com Sudbury, mas estamos abertos", disse ele, referindo-se a outra mina de níquel da Vale Inco no Candá, também em greve, em Ontário, e cuja greve se estende desde julho.

"Eles (sindicato) não falaram nada até agora, até o próprio ministro do Canadá chamou o pessoal do sindicato para sentar na mesa, mas especificamente para Vosey's Bay, não Sudbury", detalhou o executivo.

(Por Denise Luna)

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