Usiminas: no anúncio de resultados de 2010, Brumer havia afirmado que a queda nas margens do último trimestre deveria ser sentida ainda em 2011 (GLADSTONE CAMPOS/VEJA)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2011 às 16h17.
São Paulo – O resultado da Usiminas nesse primeiro trimestre foi aquém do que a empresa gostaria, mas dentro do esperado, segundo Wilson Brumer. “É um momento de dificuldade no setor siderúrgico como um todo”, afirmou o presidente da siderúrgica em teleconferência com analistas realizada hoje (28/4).
O lucro líquido da Usiminas caiu 96% nesse trimestre em relação ao mesmo de 2010. O valor total foi de 16 milhões de reais. A geração de caixa medida pelo ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 53%, para 337 milhões de reais. “Os resultados desse primeiro trimestre estão muito aquém daquilo que gostaríamos e temos intenção de entregar”, afirmou o presidente.
Os resultados do primeiro trimestre seguiram afetados pela continuidade da pressão dos custos das principais matérias primas e pelo câmbio desfavorável - que incentiva a competição dos produtos importados - segundo a empresa. A expectativa da Usiminas de custos de matérias primas nesse ano é de estabilidade com ligeiro viés de baixa entre o segundo e o terceiro trimestres. A venda da participação da Usiminas na Ternium também teve um impacto negativo nos resultado, segundo Brumer. O impacto da operação foi negativo, no balanço, em 125 milhões de reais, de acordo com a empresa.
No anúncio de resultados de 2010, o presidente da siderúrgica afirmou que a queda nas margens do último trimestre deveria ser sentida ainda em 2011. “É arriscado afirmar ainda quando vamos voltar aos patamares do terceiro trimestre de 2010”, afirmou Brumer, na época. O quarto trimestre da Usiminas em 2010 foi marcado pela queda de 38% no lucro líquido, na comparação com o mesmo período de 2009.
A empresa vai seguir a estratégia de focar sua produção para o mercado interno. O objetivo é exportar cerca de 10% da produção – atualmente a empresa exporta cerca de 25%.
Ontem, Votorantim, Camargo Corrêa, Mitsubishi, Nippon Steel e a Caixa dos Empregados afirmaram, em carta, que não têm interesse em vender suas participações na Usiminas.