Negócios

Usiminas mira valor de mercado de R$ 50 bi em 2015

Companhia quer ultrapassar o dobro do valor atual de R$ 22 bilhões em quatro anos

Outra meta da empresa é obter geração de caixa medida pelo Ebitda de R$ 8,3 bilhões em 2015 (Divulgação)

Outra meta da empresa é obter geração de caixa medida pelo Ebitda de R$ 8,3 bilhões em 2015 (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 12h33.

Ipatinga, MG - O presidente da Usiminas, Wilson Brumer, disse hoje que a companhia pretende alcançar valor de mercado de R$ 50 bilhões em 2015, ante os cerca de R$ 22 bilhões atuais. A nova linha de galvanização da companhia, que será inaugurada hoje, em Ipatinga (MG), faz parte da estratégia para chegar a esse objetivo.

Outra meta da empresa é obter geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 8,3 bilhões em 2015. Com os investimentos previstos, a intenção é de que a dívida bruta da siderúrgica não ultrapasse três vezes o Ebitda e que a dívida líquida fique entre uma vez e duas vezes o Ebitda.

Na nova linha de galvanização por imersão a quente foram investidos R$ 914 milhões. "A empresa terá, a partir de hoje, oferta de um milhão de toneladas por ano de produtos galvanizados", disse Brumer. A nova linha possibilitará que a Usiminas atenda, além da indústria automotiva, os setores de construção civil e linha branca (fogões, geladeiras, lavadoras e tanquinhos).

Também integram a estratégia da companhia a autossuficiência em coque, prevista para 2013, e a entrada em operação do novo laminador de tiras a quente em Cubatão (SP), que ficará pronto no início do próximo ano. "Vamos atender mercados que hoje não atendemos e ser muito mais competitivos", disse o presidente da Usiminas. O executivo destacou que a mineração vai contribuir para melhorar o Ebitda da companhia. "Hoje, produzimos 7 milhões de toneladas. Em 2012, serão 12 milhões de toneladas e, em 2015, 29 milhões de toneladas."

Participação de mercado

O vice-presidente de Negócios da Usiminas, Sergio Leite, disse que a empresa quer se aproximar de 60% de participação de mercado de aços planos para o setor automotivo, ante os 50% atuais. No fornecimento para o setor não automotivo, a Usiminas pretende ter 30% de participação.

"Nas nossas estimativas, temos de 45% a 50% no mercado brasileiro total de aços planos", disse Leite. Segundo ele, a nova linha de galvanização é a principal estratégia da empresa para elevar sua participação de mercado.

Preços

Leite disse ainda que as negociações de preços de aço com os clientes do setor industrial foram concluídas. Os preços de referência foram reajustados em 9% para laminados a quente e a frio, 10% para chapas grossas e 6% para galvanizados. Os porcentuais aplicados podem ter variações dependendo dos clientes e dos volumes negociados.

No fim de abril, ele informou que a negociação de reajuste do preço do aço da Usiminas com o setor industrial deveria terminar em maio. Na ocasião, explicou que essa negociação se referia principalmente aos clientes industriais que não fazem parte da indústria automotiva, já que, com as montadoras, a maior parte dos contratos é anual ou trimestral. O cenário atual, de acordo com o executivo, é de estabilidade de preços nos mercados internacional e brasileiro.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas japonesasInvestimentos de empresasSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasUsiminas

Mais de Negócios

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados