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Usiminas desenvolve aço balístico para setor de defesa

Siderúrgica será a primeira do setor, no país, a apostar no produto

Usiminas: mesmo sem nenhum contrato fechado para fornecer aço balístico, companhia aposta no segmento (Domingos Peixoto/EXAME)

Usiminas: mesmo sem nenhum contrato fechado para fornecer aço balístico, companhia aposta no segmento (Domingos Peixoto/EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 15 de abril de 2011 às 05h12.

São Paulo – A Usiminas é a primeira siderúrgica brasileira a desenvolver o aço balístico. Trata-se de um material mais resistente que o aço convencional, e com várias aplicações militares, como a fabricação de veículos blindados. Segundo Darcton Damião, diretor de inovação da Usiminas, o material deve ser apresentado ao Exército até 2013.

A empresa espera, contudo, concluir o desenvolvimento do aço balístico antes deste prazo. “Enxergamos muitas oportunidades neste setor”, disse o executivo. O interesse da Usiminas pela área militar começou em 2007, quando foi procurada pelo Exército. Na ocasião, os militares buscavam uma siderúrgica brasileira que fornecesse aço balístico – algo que a Usiminas não dispunha.

A companhia decidiu, então, investir neste mercado. A iniciativa da Usiminas vai ao encontro do interesse do governo federal. Em 2008, o governo lançou a Estratégia Nacional de Defesa, com o objetivo de reestruturar e modernizar as Forças Armadas e a segurança no país. O que atrai empresas como a Usiminas é o grande espaço previsto pelo plano para o uso de tecnologias e materiais desenvolvidos no Brasil.

A Usiminas ainda não tem ideia do tamanho da demanda pelo aço balístico, mas quer usar também sua experiência no mercado externo para se tornar exportadora do material. “Certamente, será também um produto para exportação. Além disso, é um produto de valor agregado maior”, disse Damião.   

A Usiminas ainda não tem nenhum contrato fechado para fornecer aço balístico. Há, apenas, uma sinalização do Exército de analisar o material, quando estiver pronto. De qualquer modo, mesmo investindo por conta e risco, a Usiminas mantém o otimismo devido à recente movimentação no setor de defesa. Com empresas dispostas a fabricar localmente veículos blindados e outros equipamentos, é possível que a Usiminas acerte algum alvo.
 

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