United Airlines estaria avaliando jatos Embraer e Bombardier
Companhia estaria negociando a compra de aviões de fuselagem estreita para reduzir sua dependência com jatos regionais que não rendem lucros
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2014 às 16h54.
Chicago/Atlanta/Toulouse - A United Airlines está negociando com a Embraer e a Bombardier a compra de aviões de fuselagem estreita como parte de uma tentativa de reduzir sua dependência em relação a jatos regionais que não rendem lucros, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
As conversas envolvem os maiores modelos da família E-Jets atualizada da Embraer e os menores CSeries da Bombardier, disseram as fontes, que pediram anonimato porque os detalhes são privados.
A encomenda não é iminente, disseram as fontes. Em resposta, a United disse que não discutiria a estratégia para sua frota.
A aquisição de aviões da Embraer ou da Bombardier representaria um afastamento da United, que tem sede em Chicago, em relação às aeronaves da Boeing e da Airbus, usadas por seus pilotos nas rotas principais.
Os aviões avaliados para compra preencheriam uma lacuna entre os atuais modelos de fuselagem estreita da United, a maioria com capacidade para 150 pessoas sentadas, e os aviões de curta distância, que transportam um máximo de 76 passageiros.
A escolha de uma dessas novas fornecedoras de aviões também permitiria que a United fizesse uma encomenda separada para a unidade regional Express para substituir seus ineficientes modelos de 50 assentos.
O contrato piloto da United lhe permite tomar mais aviões de pequeno porte a partir de 2016, desde que forem adicionados jatos maiores da Embraer ou da Bombardier à frota principal.
Para a Embraer e a Bombardier, as pioneiras do ramo de jatos regionais, um negócio com a United impulsionaria sua busca pela redução do domínio da Boeing e da Airbus sobre as vendas para grandes companhias aéreas americanas.
Os dois maiores aviões E2 da Embraer terão cerca de 140 assentos, enquanto o CS100 da Bombardier, que tem sede em Montreal, transportará 108 a 125 pessoas.
Encomenda dividida?
A United poderá avaliar uma divisão em uma eventual aquisição, disse Michel Merluzeau, consultor aeroespacial de Kirkland, Washington, EUA.
Com isso, amarraria o slot produtivo aos E2s, que estão com vendas aquecidas e sempre podem ser trocados por jatos de pequeno porte, dando à United uma vantagem em relação às concorrentes caso o CSeries mostre ser um avião inovador, apesar de seus problemas iniciais de desenvolvimento, disse Merluzeau.
“Devido a onde está o CSeries, o melhor seria fazer uma encomenda dividida à Bombardier”, disse ele, em entrevista por telefone.
A United está avaliando aviões novos e usados, disse Megan McCarthy, porta-voz da empresa-mãe United Continental Holdings, que preferiu não dar mais detalhes a respeito da abordagem da empresa.
“Estamos conversando com todas as fabricantes”, disse McCarthy, em entrevista por telefone.
Modelos usados
O diretor financeiro, John Rainey, disse no dia 23 de outubro que a United comprará modelos usados da Embraer, da Airbus e da Boeing para substituição dos jatos de 50 assentos que estão sendo retirados de linha.
A United comprou seus primeiros aviões de segunda mão, dois Boeing 737-700, no trimestre passado.
“Nós não necessariamente queremos sair e encomendar uma aeronave nova que gera vários bilhões de dólares a mais” em despesas de capital, disse Rainey, durante uma teleconferência para discussão dos lucros do terceiro trimestre.
Porta-vozes da Airbus, da Boeing e da Embraer, que tem sede em São José dos Campos, São Paulo, preferiram não comentar a respeito das negociações com a United.
Marianella de la Barrera, porta-voz da Bombardier, disse que a “United é, obviamente, uma companhia aérea para a qual estamos muito interessados em mostrar o CSeries” e não deu mais detalhes.
Preços de tabela
Os aviões E2, que não entrarão em serviço nesta década, custam até US$ 62,4 milhões pelo preço de tabela. O preço de catálogo do CS100 é de US$ 63 milhões. As companhias aéreas geralmente recebem descontos.
Cada vez que a United substitui um jato de 50 lugares por um E-175 gera “uma melhora de mais de US$ 1 milhão por ano na lucratividade”, disse o diretor de receita, Jim Compton, em uma conferência de lucros.
Chicago/Atlanta/Toulouse - A United Airlines está negociando com a Embraer e a Bombardier a compra de aviões de fuselagem estreita como parte de uma tentativa de reduzir sua dependência em relação a jatos regionais que não rendem lucros, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
As conversas envolvem os maiores modelos da família E-Jets atualizada da Embraer e os menores CSeries da Bombardier, disseram as fontes, que pediram anonimato porque os detalhes são privados.
A encomenda não é iminente, disseram as fontes. Em resposta, a United disse que não discutiria a estratégia para sua frota.
A aquisição de aviões da Embraer ou da Bombardier representaria um afastamento da United, que tem sede em Chicago, em relação às aeronaves da Boeing e da Airbus, usadas por seus pilotos nas rotas principais.
Os aviões avaliados para compra preencheriam uma lacuna entre os atuais modelos de fuselagem estreita da United, a maioria com capacidade para 150 pessoas sentadas, e os aviões de curta distância, que transportam um máximo de 76 passageiros.
A escolha de uma dessas novas fornecedoras de aviões também permitiria que a United fizesse uma encomenda separada para a unidade regional Express para substituir seus ineficientes modelos de 50 assentos.
O contrato piloto da United lhe permite tomar mais aviões de pequeno porte a partir de 2016, desde que forem adicionados jatos maiores da Embraer ou da Bombardier à frota principal.
Para a Embraer e a Bombardier, as pioneiras do ramo de jatos regionais, um negócio com a United impulsionaria sua busca pela redução do domínio da Boeing e da Airbus sobre as vendas para grandes companhias aéreas americanas.
Os dois maiores aviões E2 da Embraer terão cerca de 140 assentos, enquanto o CS100 da Bombardier, que tem sede em Montreal, transportará 108 a 125 pessoas.
Encomenda dividida?
A United poderá avaliar uma divisão em uma eventual aquisição, disse Michel Merluzeau, consultor aeroespacial de Kirkland, Washington, EUA.
Com isso, amarraria o slot produtivo aos E2s, que estão com vendas aquecidas e sempre podem ser trocados por jatos de pequeno porte, dando à United uma vantagem em relação às concorrentes caso o CSeries mostre ser um avião inovador, apesar de seus problemas iniciais de desenvolvimento, disse Merluzeau.
“Devido a onde está o CSeries, o melhor seria fazer uma encomenda dividida à Bombardier”, disse ele, em entrevista por telefone.
A United está avaliando aviões novos e usados, disse Megan McCarthy, porta-voz da empresa-mãe United Continental Holdings, que preferiu não dar mais detalhes a respeito da abordagem da empresa.
“Estamos conversando com todas as fabricantes”, disse McCarthy, em entrevista por telefone.
Modelos usados
O diretor financeiro, John Rainey, disse no dia 23 de outubro que a United comprará modelos usados da Embraer, da Airbus e da Boeing para substituição dos jatos de 50 assentos que estão sendo retirados de linha.
A United comprou seus primeiros aviões de segunda mão, dois Boeing 737-700, no trimestre passado.
“Nós não necessariamente queremos sair e encomendar uma aeronave nova que gera vários bilhões de dólares a mais” em despesas de capital, disse Rainey, durante uma teleconferência para discussão dos lucros do terceiro trimestre.
Porta-vozes da Airbus, da Boeing e da Embraer, que tem sede em São José dos Campos, São Paulo, preferiram não comentar a respeito das negociações com a United.
Marianella de la Barrera, porta-voz da Bombardier, disse que a “United é, obviamente, uma companhia aérea para a qual estamos muito interessados em mostrar o CSeries” e não deu mais detalhes.
Preços de tabela
Os aviões E2, que não entrarão em serviço nesta década, custam até US$ 62,4 milhões pelo preço de tabela. O preço de catálogo do CS100 é de US$ 63 milhões. As companhias aéreas geralmente recebem descontos.
Cada vez que a United substitui um jato de 50 lugares por um E-175 gera “uma melhora de mais de US$ 1 milhão por ano na lucratividade”, disse o diretor de receita, Jim Compton, em uma conferência de lucros.