Em um dos casos de ataque, uma mulher na Índia diz ter sido estuprada pelo motorista do carro que a conduzia em Nova Délhi, o que levou a protestos que pediram proibição do Uber na cidade (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2015 às 12h35.
São Francisco - A empresa que desenvolveu o aplicativo que conecta motoristas e passageiros Uber promete atrair um milhão de mulheres motoristas globalmente até 2020, após denúncias de ataques sofridos por passageiros em algumas cidades.
O serviço não forneceu números comparáveis sobre quantas mulheres motoristas estão no Uber no mundo atualmente. Nos Estados Unidos, cerca de 14 por cento de seus 160 mil motoristas são mulheres, disse a empresa.
"O Uber não exige mínimo de horas e não exige uma agenda", disse Salle Yoo, advogada do Uber em entrevista nesta segunda-feira ao explicar por que as mulheres poderão ter interesse em trabalhar com o aplicativo.
"Ele oferece a chance de ser empreendedora, a chance de equilibrar trabalho e família." Mulheres passageiras ainda não podem pedir por motoristas do sexo feminino, disse Yoo.
Ela ressaltou os recursos de segurança do aplicativo, que incluem notificação sobre quem é o motorista e a capacidade de compartilhar tempo estimado de chegada com outros usuários.
A promessa de ter mais mulheres motoristas vem conforme a companhia em rápido crescimento tenta lidar com incidentes de ataques cometidos por motoristas em cidades que vão de Boston e Chicago, nos EUA, a Nova Délhi.
No caso de maior repercussão, uma mulher na Índia disse que em dezembro o motorista do carro que a conduzia a estuprou em Nova Délhi, o que levou a protestos que pediram proibição do Uber na cidade.
O Uber seleciona motoristas e faz verificação de antecedentes que variam de país para país, mas não os contrata como funcionários. Em vez disso, o serviço permite que os motoristas usem seu aplicativo para se conectarem com passageiros, cobrando para isso uma comissão sobre o valor da corrida.