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Uber não rouba mercado de taxistas, conclui estudo do Cade

Análises do órgão apontam que "pelo contrário, a empresa passou a atender uma demanda reprimida, que não fazia uso dos serviços dos táxis"


	Uber: para o Cade, aplicativo de caronas pagas atente demanda reprimida, que não era atendida por taxistas
 (Sergio Perez / Reuters)

Uber: para o Cade, aplicativo de caronas pagas atente demanda reprimida, que não era atendida por taxistas (Sergio Perez / Reuters)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 10h15.

São Paulo - A entrada do Uber no Brasil não tirou mercado dos taxistas, concluiu um estudo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

"Pelo contrário, a empresa passou a atender uma demanda reprimida, que não fazia uso dos serviços dos táxis", diz o órgão antitruste, em nota.

Entre outubro de 2014 e maio de 2015, o Departamento de Estudos Econômicos da instituição comparou o uso do Uber com o dos aplicativos 99Taxis e Easy Taxi nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Também foram analisados dados do mercado de táxis em cidades em que o Uber ainda não havia chegado, como Recife e Porto Alegre.

O que o estudo constatou é que “até o momento o Uber não 'usurpou' parte considerável dos clientes dos taxis nem comprometeu significativamente o negócio dos taxistas, mas sim gerou uma nova demanda”, diz o documento.

O Cade apontou ainda que a tendência "é que a rivalidade entre os serviços de caronas pagas e de corridas de táxis cresça ao longo do tempo, fomentando a competição entres os agentes econômicos e possibilitando mais opções aos consumidores".

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