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Uber limita poderes de ex-presidente da empresa

A proposta abre portas para um grande investimento de um grupo japonês e visa, também, acabar com as suspeitas de que Kalanick pretende voltar à direção

Travis Kalanick: as alterações na política de gestão incluem a eliminação do "super-voto" de algumas ações, como as controladas por Kalanick (Danish Siddiqui/Reuters)

Travis Kalanick: as alterações na política de gestão incluem a eliminação do "super-voto" de algumas ações, como as controladas por Kalanick (Danish Siddiqui/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 09h23.

A direção do Uber aprovou nesta terça-feira um plano que reduz a influência do ex-presidente executivo da empresa Travis Kalanick e abre as portas para um investimento colossal do grupo de telecomunicações japonês SoftBank.

A proposta adotada pela diretoria do Uber também promete acabar com os confrontos entre partidários de Kalanick e investidores que suspeitam que o fundador da empresa pretende voltar à direção.

"Hoje, após dar as boas-vindas aos novos diretores Ursula Burns e John Thain, a diretoria aprovou - por unanimidade - avançar com o investimento do SoftBank e modificar a política de administração empresarial para fortalecer sua independência e garantir a igualdade entre todos os acionistas", informou o Uber em e-mail.

"O interesse do SoftBank é um incrível voto de confiança no negócio do Uber e em seu potencial a longo prazo, e esperamos concluir este investimento nas próximas semanas".

A previsão é de que o Softbank injete entre 1 e 1,25 bilhão de dólares na empresa com sede em San Francisco, cujo valor atual é de 69 bilhões de dólares, segundo uma fonte ligada ao assunto.

Como medida de investimento secundário, o grupo japonês lançaria uma oferta pública para comprar entre 14% e 17% das ações em circulação de grandes investidores, segundo a fonte.

As alterações na política de gestão aprovadas pela diretoria, que dependem do investimento do SoftBank, incluem a eliminação do "super-voto" de algumas ações, como as controladas por Kalanick, visando limitar a influência dos fundadores do Uber.

Também há a exigência de mais de dois terços dos votos da diretoria para a aprovação de um novo diretor-executivo.

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