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Uber Eats lança formato com pratos a partir de R$ 9,90 e compete com iFood

“Caseirinho” é novo formato da empresa de delivery e prepara expansão pelo país; em São Paulo os pratos serão preparados pela Sapore

O Uber Eats tem crescido com a pandemia, enquanto o seu negócio principal de mobilidade sofre (Uber Eats/Divulgação)

Karin Salomão

Publicado em 12 de junho de 2020 às 14h30.

Última atualização em 12 de junho de 2020 às 15h14.

Com pratos como strogonoff e feijoada, o Uber Eats acaba de lançar uma modalidade de refeições acessíveis, o "Caseirinho". O prato, servido no horário de almoço, custa a partir de R$ 9,90 com todos os acompanhamentos.

A pandemia e o isolamento social contribuíram para aumentar o delivery na plataforma. Desde o início, a empresa percebeu um aumento de 10 vezes no número de restaurantes interessados em se cadastrar. "Com rotinas de trabalho intensas, mesmo dentro de casa, as pessoas começaram a recorrer ao Uber Eats não apenas para aquela janta do fim de semana, mas para refeições ao longo do dia, como café e almoço", diz a companhia. Por isso, o uso mais frequente do aplicativo leva o consumidor a procurar opções mais acessíveis.

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O formato de marmita express passou por algumas semanas de testes nas cidades de Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e Curitiba. Agora, o Uber Eats prepara a expansão nacional do formato, começando por São Paulo, o maior mercado no país. Para isso, o aplicativo fechou uma parceria com a Sapore, empresa de alimentação corporativa com quase 30 anos de experiência. A empresa já fornece refeições em refeitórios corporativos, espaços de alimentação em escolas e no setor de entretenimento.

"Diariamente, produzimos mais de 1,3 milhão de refeições no Brasil. Para nós, o desafio de tornar o Caseirinho uma realidade é uma oportunidade para crescermos juntos, pois nossas atividades são complementares", diz Daniel Mendez, fundador e presidente da Sapore.

A Sapore vai começar a atuar no Uber Eats através de seis pontos em São Paulo e logo deverá passar para outras capitais, como Rio de Janeiro, Manaus e Porto Alegre, com possibilidade de atuação em âmbito nacional. "Por já estarmos presentes em todo o país, conseguimos garantir o padrão das refeições, que serão as mesmas, onde quer que você peça", diz o presidente.

A empresa acredita que o preço baixo deve atrair usuários rapidamente para o novo formato. Nas cidades em que o modelo já foi testado, “o Caseirinho passou rapidamente a estar entre os primeiros lugares no ranking de restaurantes mais procurados na hora do almoço", diz Fabio Plein, diretor geral do Uber Eats no Brasil, em comunicado.

Por vender em larga escala, a Sapore pode oferecer preços mais competitivos e contribui para fazer do Caseirinho uma opção para quem prefere gastar menos no almoço. Para a empresa, essa parceria tem o potencial de atrair consumidores que, até então, não estavam no Uber Eats por conta de uma barreira de preço.

A rival iFood lançou um formato similar, o Loop, há quase dois anos. Sua idealização começou no Rapiddo, um aplicativo de entregas que também pertence à empresa, em abril de 2018, e chegou ao iFood quatro meses depois. No início do ano, o Loop começou a expandir e entrega cerca de 650 mil pedidos por mês em 40 cidades brasileiras. Os pedidos, que devem ser agendados, também custam a partir de R$ 9,90.

Novos serviços

O Uber Eats está no Brasil desde 2016 e atualmente atende mais de 150 cidades, em todos os estados do país. No mundo, foi criado há cinco anos e está em 500 cidades em 36 países.

Nos últimos meses, a empresa lançou diversas novas modalidades para as pessoas em tempos de isolamento social. Além de refeições, o aplicativo disponibiliza entregas de farmácias, lojas de conveniência, floriculturas, pet shops e outros produtos. "Nessa época de incertezas, nosso objetivo é tornar a vida dos nossos usuários mais fácil, seja dando a acesso a diferentes tipos de produtos ou oferecendo opções de refeições mais baratas", afirma Plein.

O Uber Eats tem crescido com a pandemia, enquanto o seu negócio principal de mobilidade sofre.

A empresa de transporte por aplicativo já demitiu mais de 6.700 pessoas no mundo, que equivalem a 25% de toda a força de trabalho que a Uber tinha no fim do ano passado. A empresa fechou dezembro com 26.900 funcionários no mundo, 40% deles nos Estados Unidos. A empresa vai também fechar 45 escritórios em todo o mundo.

A empresa disse que gastou 19 milhões de dólares em meados de maio com a assistência financeira direta de duas semanas a um total de quase 48.900 motoristas em todo o mundo que foram infectados pelo vírus ou estavam de quarentena.

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