Negócios

Tribunal italiano detém ex-dono da Parmalat

Calisto Tanzi foi condenado a oito anos de prisão e não pode recorrer da sentença

Calisto Tanzi (centro), tenta reverter a pena para prisão domiciliar (Getty Images/Getty Images)

Calisto Tanzi (centro), tenta reverter a pena para prisão domiciliar (Getty Images/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2011 às 13h07.

Roma - O ex-dono da Parmalat, Calisto Tanzi, de 72 anos, foi detido nesta quinta-feira, em cumprimento da sentença emitida pela Corte Suprema italiana que o condenou a oito anos e um mês de prisão por falência fraudulenta da empresa alimentícia em 2003.

A imprensa italiana informou que agentes policiais chegaram no começo da tarde à residência de Tanzi, em Parma, no norte da Itália, para executar a ordem de prisão emitida pela procuradoria de Milão após a sentença do Supremo.

Tanzi manifestou estar "surpreendido" por sua detenção, em declarações publicadas pela imprensa italiana, e disse que esperava que a procuradoria recorresse o pedido de seus advogados de suspender a pena à espera de uma decisão dos magistrados sobre seu pedido de prisão domiciliar.

O ex-dono da Parmalat deverá esperar agora pela decisão do juiz sobre o pedido apresentado por seus advogados para que se conceda a prisão domiciliar devido a sua idade avançada, precisaram as mesmas fontes.

A Corte Suprema italiana condenou Tanzi a oito anos e um mês de prisão, em um dos dois processos abertos contra ele pela quebra do grupo alimentício.

Com essa sentença, o Supremo rebaixou um ano e onze meses a pena ditada pelo Tribunal de Milão em segunda instância contra o ex-dono da Parmalat, acusado por especulação abusiva com prejuízo de terceiro.

A redução da condenação, informaram fontes judiciais, se deveu à anulação, por ter prescrito, de algumas acusações por emissão de informações falsas que se lhe acusavam.

Esta não é a primeira vez que Tanzi é preso, já que durante a investigação pela quebra da companhia passou três meses na prisão como medida preventiva, após o que lhe foi concedido a prisão domiciliar.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoEmpresasEmpresas italianasEuropaItáliaLaepPaíses ricosParmalatPiigsPrisõesTrigo

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico