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Os melhores caminhos para a transição energética no Brasil

O adeus ao carvão, a substituição dele por fontes renováveis de energia, a eletrificação e a digitalização são alguns dos principais meios para uma mudança de sucesso

(ENEL/Divulgação)
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Publicado em 30 de dezembro de 2022 às 07h30.

Última atualização em 30 de dezembro de 2022 às 10h44.

De acordo com uma pesquisa realizada antes da pandemia pelo Pew Research Center, o aquecimento global é considerado a principal ameaça ao futuro das nações, à frente de ações terroristas e possíveis ataques cibernéticos internacionais.

A preocupação não é em vão. O planeta está superaquecendo, e a mudança do clima provocada pela atividade humana já fez com que a temperatura média do planeta aumentasse 0,98 °C em relação aos níveis pré-industriais. Se nada for feito, a previsão é de que haja um aumento adicional de 1,5 °C até 2030.

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Os grandes causadores do efeito estufa

A queima de combustíveis fósseis – principalmente de carvão, petróleo e gás – acaba emitindo enormes quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera.

Outros dois fatores que contribuem para o aquecimento global são o desmatamento, já que as árvores ajudam a regular o clima, absorvendo o dióxido de carbono da atmosfera; e a pecuária intensiva e o uso de fertilizantes que contêm nitrogênio.

Como alcançar as metas?

Diante desse cenário, a Enel Brasil – a maior empresa do setor de energia brasileiro em número de clientes e o maior player solar e eólico em termos de capacidade instalada – realizou, em parceria com a Deloitte, o estudo “ Caminhos para a Transição Energética no Brasil ”.

Com o intuito de apontar cenários e subsidiar a adoção de políticas públicas que ajudem o Brasil a acelerar a transição energética e a alcançar os compromissos climáticos firmados no Acordo de Paris, a análise aponta que é viável alcançar um cenário de zero emissão no Brasil até 2050, partindo do envolvimento dos principais setores produtivos, de avanços regulatórios e de medidas governamentais de incentivo à transição.

O estudo ainda faz recomendações para que os setores estratégicos da economia nacional indiquem ações necessárias para que o Brasil alcance a neutralidade das emissões de carbono.

O caminho para a transição energética

A chamada transição energética, que consiste na mudança de uma matriz focada em combustíveis fósseis para uma com baixa ou zero emissão de carbono partindo de fontes renováveis, como as energias solar, eólica e hídrica, é o grande trunfo para atingir esses objetivos.

Além do abandono progressivo das fontes fósseis e, consequentemente, na desativação das centrais a carvão, a Enel acredita em uma verdadeira mudança de paradigma, com base no crescimento de novos setores como o hidrogênio verde, e tecnologias de armazenamento de energias capazes de compensar a intermitência de fontes como o sol e o vento.

“A transição energética traz vantagem não apenas para o clima mas também para a economia e a sociedade. A eletrificação do consumo, a digitalização das redes de energia para suportar essa transformação e as novas tecnologias de geração limpa vão proporcionar emprego e desenvolvimento”, diz Nicola Cotugno, Country Manager da Enel Brasil.

Confira, a seguir, as principais ações rumo a uma transição energética eficiente e justa.

-(Arte/Exame)

Para além do aumento da demanda energética que vai ocorrer naturalmente nos próximos anos, a relação da sociedade com as redes elétricas será mais descentralizada e complexa com a aceleração da transição energética. Entre outras transformações, haverá um aumento dos prosumidores (consumidores que passam a gerar sua própria energia, graças a tecnologias como a geração solar distribuída) e um aumento de operadores de carregamento de veículos elétricos nas redes de distribuição, exigindo a adoção de novas tecnologias digitais para transformar as redes em uma plataforma capaz de integrar soluções e facilitar a interação das pessoas.

Outra revolução importante no processo de digitalização são os medidores inteligentes (smart meters), por meio dos quais os consumidores passarão a ter acesso a informações diariamente sobre o seu consumo de energia.

Ou seja, a transição energética é um fenômeno que vai além da geração da descarbonização por meio da produção de eletricidade limpa. Ela é uma mudança de paradigma para todos. “Precisamos agora unir esforços para trilhar um caminho consistente para limitar o aquecimento global. O prazo é curto, mas temos uma enorme oportunidade pela frente”, afirma Cotugno.

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