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TIM tem lucro 24% menor no 2º tri e propõe reorganização societária

A terceira maior operadora de telefonia móvel do país teve lucro líquido ajustado de 260 milhões de reais

TIM: a base de clientes banda larga disparou quase 20% no período (Valter Campanato/Agência Brasil)

TIM: a base de clientes banda larga disparou quase 20% no período (Valter Campanato/Agência Brasil)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 30 de julho de 2020 às 09h15.

Última atualização em 30 de julho de 2020 às 17h12.

SÃO PAULO (Reuters) - A TIM sofreu queda de cerca de 24% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, apesar de forte crescimento na base de clientes de banda larga fixa e manutenção nas linhas pós-pagas de telefonia móvel.

A companhia também divulgou nesta quarta-feira proposta de reorganização societária em que pretende obter ganhos de eficiência operacional e financeira. O plano envolve a incorporação da empresa controladora TIM Participações pela subsidiária integral TIM SA, com listagem desta no segmento Novo Mercado da B3.

A terceira maior operadora de telefonia móvel do país teve lucro líquido ajustado de 260 milhões de reais, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou praticamente estável, a 1,98 bilhão de reais. Um ano antes a empresa contabilizou crédito fiscal de 2,9 bilhões de reais por conta de decisão judicial que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.

A base de clientes banda larga disparou quase 20% no período, para 606 mil, enquanto as linhas pós-pagas de telefonia celular se mantiveram no patamar de 21,3 milhões. Porém, as linhas pré-pagas sofreram queda de 8,7%, para 30,7 milhões. A receita líquida do grupo recuou 6,5%.

A TIM afirmou que percebeu no final do semestre "recuperação do volume de vendas com o retorno da atividade econômica". As vendas de pré-pagos subiram 21,6% em junho ante abril e as de pós-pagos evoluíram 78,3%.

E apesar dos impactos da medidas de isolamento social contra a Covid-19 terem pressionado uma série de atividades econômicas no país no segundo trimestre, a TIM afirmou que suas provisões para inadimplência de clientes (PDD) caíram 15,6% sobre um ano antes. O queda marcou a primeira retração anual nesta linha desde 2017, afirmou a empresa no balanço. Contra os três primeiros meses do ano, a redução foi de 15,8%.

"Em valor absoluto, a PDD retornou aos níveis do final de 2018, totalizando 159 milhões de reais", disse a empresa no resultado.As ações da TIM acumulam alta de quase 5% até agora neste ano, ante alta de cerca de 7% da rival Telefônica Brasil.

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