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Texas processa empresas que subiram preços durante furacão Harvey

As empresas supostamente violaram uma lei que as impede de cobrar preços exorbitantes pela água, comida, roupa e combustível durante uma catástrofe

Furacão Harvey: as empresas poderiam ser condenadas a multas de entre US$ 20 mil e US$ 250 mil (Jonathan Bachman/Reuters)

Furacão Harvey: as empresas poderiam ser condenadas a multas de entre US$ 20 mil e US$ 250 mil (Jonathan Bachman/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 16h38.

Austin - O procurador-geral do Texas (EUA), o republicano Ken Paxton, processou nesta terça-feira três empresas acusadas de aumentar os preços aproveitando a crise gerada pelo furacão Harvey, que castigou o estado no final de agosto.

As empresas que supostamente violaram uma lei que as impede de cobrar preços exorbitantes pela água potável, comida, roupa e combustível durante uma catástrofe natural, poderiam ser condenadas a multas de entre US$ 20 mil e US$ 250 mil, caso os afetados sejam maiores de 65 anos.

Paxton adiantou que pode apresentar numerosos processos similares no futuro porque seu escritório recebeu mais de 3 mil queixas de consumidores relacionados com aumento de preços durante o potente ciclone.

"O Texas tem estritas leis de preços e o meu escritório continuará investigando e processando agressivamente os casos que surjam do furacão Harvey", disse o procurador Paxton.

Os processos apresentados até agora afetam uma companhia hoteleira e duas empresas proprietárias de estações de serviço.

Primeiramente, Paxton acusou os proprietários do Best Western Plus Tropic Inn em Robstown, cerca de 30 quilômetros de Corpus Christi, a localidade litorânea por onde entrou o furacão, de triplicar suas tarifas durante o final de semana no qual Harvey chegou.

Além disso, culpou Bains Brothers, dona de duas estações de serviço da Texaco na área de Dallas-Fort Worth, por cobrar quase US$ 7 o galão de gasolina normal, enquanto exibia sinais com preços inferiores aos US$ 4.

Por último, assegurou que outro posto de gasolina da Chevron em Encinal, nos arredores de Laredo, cobrou US$ 10 por galão de gasolina em 31 de agosto, quando normalmente não supera US$ 3.

"É inconcebível que qualquer negócio se aproveite dos texanos mais vulneráveis, aqueles deslocados de seus lares, que têm recursos limitados e necessitam desesperadamente de combustível, refúgio e cobrir as necessidades básicas da vida", concluíu o procurador.

A passagem do ciclone Harvey pelo sudeste do Texas deixou cerca de 60 vítimas mortais e dezenas de milhares de deslocados, após tocar terra na localidade costeira de Rockport (Texas) e causar "históricas inundações" na quarta cidade maior do país, Houston.

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