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Telefónica lucra 65,6% mais depois da aquisição da Vivo

Ganhos na América Latina representam mais de 40% da receita; pela primeira vez empresa tem mais clientes de banda larga móvel do que fixa

A Telefonica adquiriu o controle total da Vivo este ano (Lia Lubambo/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 08h05.

Madri - A espanhola Telefónica ganhou nos nove primeiros meses do ano 8,835 bilhões de euros, quantia 65,6% superior a do mesmo período do ano anterior, sob o efeito contábil da aquisição da operadora brasileira Vivo.

Os resultados dos nove meses sofreram impactos da valorização na participação de 30% que o grupo tinha na Vivo, somados aos 30% que a Telefónica comprou da Portugal Telecom, informou nesta quinta-feira a companhia à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

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Este resultado foi afetado pelos custos de reestruturação na Alemanha (202 milhões de euros) e a transferência da diferença do valor da participação na BBVA até seu valor atual de mercado.

A receita cresceu 6%, para os 44,280 bilhões de euros, e o resultado operacional bruto antes das amortizações (OIBDA) avançou 22,5%, para os 20,368 bilhões de euros.

A maior fatia da receita (67%) foi gerada fora da Espanha. A América Latina, com crescimento no acumulado do ano de 10,7%, representa 42% da receita da companhia, 18,435 bilhões de euros.

Enquanto isso, o negócio em território espanhol voltou a cair para os 14,042 bilhões de euros, 4,2%, e a Telefónica Europa aumentou 11,8%, com 11,238 bilhões de euros.

Ao terminar setembro, o grupo Telefónica contava com 282 milhões de clientes, 4,9% mais que há um ano e 4,1 milhões mais do que no trimestre anterior, dos quais 214,9 milhões são de celulares.

De janeiro a setembro, a Telefónica fez investimentos no negócio, excluindo aquisições, por 4,851 bilhões de euros, 11,1% mais em termos reportados e 5,9% em orgânicos.

O grupo informou a intensa atividade comercial registrada nos diferentes mercados e a forte concorrência, e destacou que já conta com mais clientes de banda larga móvel (19 milhões) do que de banda larga fixa (16,7 milhões de usuários), que cresceram 73,4% e 26,5%, respectivamente.

A qualidade e o esforço comercial fizeram com que a taxa de desligamento ficasse em 2,3%, segundo a companhia.

Ao terminar o período, a dívida financeira líquida foi de 54,504 bilhões de euros, 10,953 bilhões de euros mais que no começo do ano.

Destes, 4,413 bilhões de euros corresponderam a investimentos, incluindo a compra da Brasilcel e a aquisição de HanseNet, além das variações de taxa de câmbio.

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