Negócios

Telefonia móvel virtual pode crescer com ajuda da Petrobras

Além da empresa, Infraero e Correios também conversaram com a Anatel sobre o interesse no setor

Sede da Petrobras: empresa está interessada no sistema MVNO  (AFP)

Sede da Petrobras: empresa está interessada no sistema MVNO (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2011 às 15h09.

Brasília - A Petróleo Brasileiro SA pode alimentar a expansão da telefonia móvel com seu interesse em operadoras virtuais, que começam a atuar em 2012, disse a Agência Nacional de Telecomunicações.

Além da Petrobras, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária e a Empresa de Correios e Telégrafos são outras companhias que já procuraram a Anatel interessadas em participar do mercado de MVNO, disse a conselheira da autarquia, Emília Maria Ribeiro, sem dar detalhes. As MVNO, sigla em inglês pela qual são conhecidas as operadoras móveis virtuais, podem chegar a ter 5 por cento do mercado de celulares em 2012, disse Emília. Atualmente, a reguladora já avalia 50 pedidos de autorização para esse sistema.

“É tão cara a licitação do espectro que os pequenos investidores são barrados. As empresas de telecom que já detém espectro têm que fomentar o uso deles”, disse a conselheira em entrevista dia 23 de setembro. “O MVNO é um grande negócio e como somos emergentes, podemos ter crescimento violento nos próximos anos”, disse ela.

A Anatel estima que os acessos por telefonia móvel cheguem a 270 milhões em 2012, 13,5 milhões através de operadoras virtuais, disse a conselheira em entrevista em Brasília. Neste ano, a expectativa é atingir 240 milhões de acessos móveis, 18 por cento mais que em 2010.

A Petrobras disse que não vai comentar sobre o interesse na operação, segundo a assessoria de imprensa. Procuradas, a Infraero e a ECT não responderam imediatamente ao pedido de comentários.

O sistema de MVNO permite que empresas, bancos e grupos varejistas comprem frequências de operadoras de telefonia para vender celulares de marcas próprias a clientes, disse Emília. Entre as empresas com condições de fornecer frequências estão Tim Participações SA, Vivo Participações SA, Claro SA, da América Móvil SAB, Tele Norte Leste Participações SA, Sercomtel Telecomunicações SA, NII Holdings Inc. e Companhia de Telecomunicações do Brasil Central, disse a conselheira.

Único negócio

A exploração do serviço móvel por rede virtual foi aprovada pela Anatel em novembro de 2010. O único negócio fechado até agora foi o da Tim com a Porto Seguro SA, que criou a Porto Seguro Telecomunicações, serviço em conjunto com a Datora Telecom. Essa será a primeira MVNO do Brasil, disse a Tim em relatório trimestral a analistas. A empresa começa a atuar em janeiro de 2012, disse Emília.

Os operadores virtuais vão engrossar a base de clientes das operadoras de telefonia com a oferta de serviços para diferentes nichos de mercado, disse Emília. Segundo ela, por exemplo, uma empresa de vinhos ou supermercado pode vincular um pacote de minutos a quanto o cliente gasta em compras.

“As operadoras vão aumentar o número de clientes e terá diferenciação de preço com diferentes tipos de serviços”, disse a conselheira. “Cada empresa terá seu modelo de negócio.”

A Anatel concede dois tipos de permissões para MVNO. Um autoriza empresas a utilizar a faixa de frequência e os sistemas de transmissão das operadoras tradicionais para venda de serviço. A outra opção é a de companhias credenciadas que funcionam como revendedores e que podem prestar diversos tipos de serviços.

Acompanhe tudo sobre:AnatelCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoTelecomunicações

Mais de Negócios

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados