"A TAM está tomando esta medida para enfrentar um contexto econômico difícil no Brasil", disse presidente da empresa, Claudia Sender (Pilar Olivares/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 10h34.
São Paulo - A TAM anuncia um reajuste em suas operações no Brasil, devido ao cenário econômico desafiador, citando alta do dólar e da inflação que resultaram numa desaceleração do setor aéreo.
Em fato relevante, a companhia, que pertence ao Grupo Latam Airlines, informa que dá início a adequações em sua malha doméstica, com redução gradual de aproximadamente 8% a 10%, mas sem corte de destinos.
Tal medida implica na revisão da projeção (guidance) de capacidade (ASK) no mercado doméstico brasileiro de 0% para uma contração de 2% a 4% em comparação com 2014.
Quanto aos funcionários, a companhia diz que vem "adotando várias medidas para que esta ação tenha o menor impacto possível", mas que a estimativa é que o número de colaboradores seja reduzido "em menos de 2%, já incluindo a rotatividade natural da empresa", com apoio para recolocação profissional. A TAM pondera que não haverá impacto nas equipes de tripulação, "dado os planos de crescimento de médio prazo".
"A TAM está tomando esta medida para enfrentar um contexto econômico difícil no Brasil, por isso se faz necessário buscar ajustes de malha sem prejudicar a conectividade dos nossos passageiros e fortalecendo ainda mais a nossa competitividade no País", afirma a presidente da TAM, Claudia Sender.
A nota cita a piora das expectativas de inflação, câmbio e PIB do relatório Focus do Banco Central de 10 de julho para justificar a decisão.
"Seguimos acreditando na retomada do crescimento do nosso País e essa adequação não afeta a estratégia de longo prazo da empresa, que inclui a renovação da frota, o projeto de estudo de viabilidade do Hub Nordeste e do contínuo fortalecimento dos hubs (centro de conexões) de Brasília e São Paulo/Guarulhos", conclui a executiva.