Tóquio - O maior grupo farmacêutico japonês, Takeda, criticou a decisão de um tribunal dos Estados Unidos que condenou a empresa a pagar seis bilhões de dólares em perdas e danos pelos efeitos cancerígenos do remédio de combate ao diabetes Actos.
"A Takeda não concorda com o veredicto. Temos a intenção de impugná-lo energicamente por todos os meios legais disponíveis, incluindo uma apelação", declarou Kenneth Greisman, vice-presidente da Takeda Pharmaceuticals USA.
A condenação foi pronunciada por um tribunal da Louisiana que, em resposta a uma ação apresentada por um cidadão identificado como Terrence Allen, decidiu que a Takeda e seu sócio comercial nos Estados Unidos, Eli Lilly, haviam escondido os riscos de câncer vinculado ao Actos.
Eli Lilly deverá pagar três bilhões de dólares de indenização.
"Nós sentimos empatia pelo demandante Terrence Allen, mas não pensamos que os elementos apresentados provem que o Actos causou seu câncer de vesícula", disse Greisman.
Também recordou que "os veredictos foram favoráveis a Takeda em outros três processos vinculados ao Actos".
Levando em consideração os precedentes na justiça americana, os valores anunciados em primeira instância podem ser reduzidos se a Takeda apelar, consideram os analistas.
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1. Remédios
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1/6 (Loic Venance/AFP)
window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );} São Paulo - Para um remédio chegar às prateleiras das farmácias aqui no
Brasil, ele passa por uma bateria de testes por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a
Anvisa. Cada país tem uma instituição semelhante. Nos
Estados Unidos, a aprovação de novas drogas fica por conta da FDA (Food and Drug Administration). Para que um
remédio possa ser vendido, as farmacêuticas entram com processos independentes em cada país, gerando por vezes avaliações diferentes. Um medicamento proibido lá fora pode ser aprovado aqui, e vice-versa. O problema é que isso gera temores nos pacientes. A Anvisa reconhece que podem haver situações controversas, mas defende que a fiscalização ocorre de maneira eficaz no Brasil. Em casos de alertas no exterior (mortes ligadas a um remédio ou proibição dele em outros países), por exemplo, a agência pode retomar as análises e fazer novos testes. Segundo a Anvisa, todos os medicamentos têm contra-indicações e reações adversas, e o papel dos
médicos e da agência é verificar a relação entre os benefícios e malefícios das drogas. Clique nas fotos e confira remédios que, no exterior, são considerados mais maléficos que benéficos, mas que ainda são vendidos no Brasil.window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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2. Pílulas Diane 35
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2/6 (Philippe Huguen/AFP)
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País em que foi proibido: França O caso mais recente de remédio proibido no exterior, mas ainda à venda no Brasil. Na França, o medicamento, que tinha seu uso liberado para tratamento dermatológico, mas era largamente usado como pílula anticoncepcional,
foi proibido após mortes ligadas ao seu consumo. No Brasil, a proibição francesa gerou um alerta nas autoridades da Anvisa, e a pílula (que aqui também é indicada para acne, mas comumente usada como anticoncepcional)
passou a ser monitorada, mas permanece disponível.window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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3. Sibutramina
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3/6 (Marcello Casal Jr/ABr)
window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );} País em que foi proibido: União Europeia, Estados Unidos, Austrália, Uruguai, Paraguai, entre outros A sibutramina é indicada para pessoas obesas e pode ajudar a perder até 2kg em um mês. Há uma condição, porém: o paciente não pode sofrer de problemas cardíacos. Isso porque estudos mostram que o uso da substância aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e alterações no sistema nervoso central. Por conta desses riscos, a sibutramina já foi proibida na União Europeia e Estados Unidos, entre outros países. No Brasil, ela pode ser comprada com receita médica e assinatura de um termo de responsabilidade. Por aqui, a Anvisa já quis proibir o remédio, mas recuou após pressão de associações médicas e pacientes. Outros emagrecedores (a base de anfetaminas) já foram proibidos, e a sibutramina segue em observação.window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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4. Dipirona
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4/6 (Marcos Santos/USP Imagens)
window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );} País em que foi proibido: Estados Unidos, Suécia entre outros Já tomou Neosaldina ou Novalgina? Dois dos principais remédios para dor de cabeça e gripe são proibidos nos Estados Unidos porque contêm uma substância chamada dipirona sódica. Por lá, só é possível comprar remédios como Tylenol, que usam paracetamol como ingrediente ativo. Para a FDA (Food and Drug Administration), a dipirona causa choques anafiláticos com mais frequência que seu concorrente. O caso é polêmico, já que a dipirona foi criada na Alemanha (onde a venda é permitida) e o paracetamol é mais utilizado por empresas americanas.window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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5. Avastin
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5/6 (Divulgação)
País em que foi proibido: Estados Unidos O Avastin é um medicamento que reduz o crescimento de novos vasos sanguíneos. Ele é comumente usado como uma droga para tratar diferentes tipos de câncer. Nos Estados Unidos, a substância deixou de ser usada para o tratamento de câncer de mama, permanecendo aprovada para outros tumores, como colorretal. Segundo as autoridades americanas, não havia evidência de que o Avastin aumentasse ou melhorasse a qualidade de vida das pacientes. Por outro lado, os efeitos como pressão alta e hemorragias ainda eram comuns nas pacientes. No Brasil e em diversos outros países, a droga permanece indicada para o tratamento de câncer de mama.window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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6. Agora, veja as doenças que mais matam no Brasil
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6/6 (Getty Images/Carsten Koall)