Negócios

Startup Magroove capta R$ 8 milhões e quer crescer entre os streamings de música

Empresa funciona como uma plataforma de distribuição de músicas de artistas independentes; startup encerra rodada de captação com fundo brasileiro DOMO Invest

Maria Clara Dias
Maria Clara Dias

Repórter de Negócios e PME

Publicado em 20 de abril de 2023 às 07h55.

A Magroove, startup brasileira de distribuição de músicas, quer estar no páreo da acirrada dos streamings de áudio. Para isso, a empresa acaba de captar 8 milhões de reais em uma rodada liderada pelo fundo brasileiro de venture capital DOMO Invest para expandir seu alcance nacional e tornar sua plataforma mais sofisticada.

Atualmente, o Spotify lidera o cenário de distribuição de música com folga. Ao lado dele estão plataformas como Deezer e as verticais de distribuição de conteúdo em áudio de gigantes como Amazon, Apple e YouTube. No caso da Magroove, o diferencial está no foco em artistas independentes, aqueles sem qualquer vínculo com gravadoras e cujas carreiras dependem de esforços de divulgação próprios.

O que faz a Magroove

Criada em 2019 pelo produtor musical brasileiro Vitor Cunha e pelo engenheiro mecatrônico Fabrício Schiavo, a empresa tem como principal solução uma plataforma para a distribuição de músicas, aos moldes do que fazem as líderes da indústria Spotify, Deezer e iTunes, para os usuários finais, mas também atua como ponte entre artistas independentes e essas plataformas.

Segundo Vitor Cunha, CEO e cofundador da Magroove, a conexão entre plataformas de áudio e músicos independentes hoje é carente de um intermediador, já que artistas precisam de um distribuidor musical e não podem inserir suas músicas nas plataformas de maneira direta. “As plataformas não permitem que o artista possa fazer o upload de sua música diretamente pela plataforma, tudo deve ser feito por um distribuidor musical, como a Magroove”, explica.

Sendo assim, o propósito da Magroove é ser o meio para democratizar o acesso de artistas independentes a essas plataformas de streaming musical, atuando como um agregador. No modelo de negócio da Magroove, não são cobrados royalties para os artistas, apenas uma retenção inicial de 5 dólares a cada lançamento. Mesmo que o artista não gere receita, o catálogo é mantido na plataforma.

Já para os usuários finais, a Magroove funciona como uma plataforma de streaming oferecendo recomendações de músicas com base nas preferências de cada ouvinte. Ao contrário das recomendações feitas em outras plataformas, baseadas em popularidade de alguns títulos, a Magroove indica novas faixas com base nas curtidas deixadas por usuários nos primeiros 30 segundos de reprodução e na semelhança com outras músicas parecidas — o reconhecimento de padrões é feito com ajuda de inteligência artificial.

Atualmente, já são mais de 850 mil artistas registrados na plataforma, e usuários em 196 países.

Como a empresa pretende crescer

Com o investimento, a startup quer aperfeiçoar sua tecnologia, além de acelerar planos de expansão e consolidação da marca. Para isso, boa parte dos recursos deve ser usada para aumentar a visibilidade da empresa no mercado nacional e internacional, tornando-a conhecida para um maior número de pessoas. 

“O investimento nos ajudará a acelerar o plano de expansão e consolidação da marca. Vamos investir em time e em tecnologia, a fim de aumentar a nossa participação no mercado brasileiro e internacional. Atualmente 70% dos usuários - artistas e ouvintes - estão nos Estados Unidos e Europa, mas temos como diferencial a presença em outros países nos quais somos pioneiros”, diz Cunha.

Acompanhe tudo sobre:Startups

Mais de Negócios

Franquias no RJ faturam R$ 11 bilhões. Conheça redes a partir de R$ 7.500 na feira da ABF-Rio

Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20

Saiba os efeitos da remoção de barragens

Exclusivo: Tino Marcos revela qual pergunta gostaria de ter feito a Ayrton Senna