A Starbucks espera perder cerca de 3 bilhões de dólares na receita no próximo trimestre como parte do impacto da crise do coronavírus (Qilai Shen/Getty Images)
Karin Salomão
Publicado em 11 de junho de 2020 às 15h50.
A rede de cafeterias Starbucks, conhecida por estar presente em cada esquina em cidades americanas, irá fechar 400 lojas nos Estados Unidos, como resposta à pandemia do novo coronavírus.Os fechamentos acontecerão nos próximos 18 meses.
A Starbucks espera perder cerca de 3 bilhões de dólares na receita no próximo trimestre como parte do impacto da crise do coronavírus e o lucro deve ter impacto de 2 a 2,2 bilhões de dólares. São 32.000 lojas ao redor do mundo e muitas fecharam com a pandemia, operado apenas por drive-thru. Nos Estados Unidos, 95% das lojas estão operando de uma forma ou de outra, com movimento reduzido.
O plano de expansão foi repensado. Das 600 lojas que a rede planejava abrir esse ano, irá inaugurar 300, a metade. Se muitas unidades têm sofás e mesas para que consumidores passem o tempo com amigos ou trabalhem um pouco, as novas unidades serão mais focadas em pedidos para viagem.
As lojas terão opção de drive-thru, retirada na calçada e pedidos para viagem, além de incentivarem o pedido e pagamento via aplicativo. Os produtos da rede também estão disponíveis para delivery, através do Uber Eats. A primeira unidade voltada apenas para retirada foi aberta em Nova York no ano passado. De acordo com a empresa, 80% das compras antes da pandemia já eram para viagem.
"A Starbucks anunciou planos para acelerar a transformação de seu portfólio de lojas nos Estados Unidos pela integração entre as lojas físicas e a experiência digital", disse a empresa em comunicado. A rede de cafeterias afirmou que as mudanças foram aceleradas pela pandemia da covid-19, mas também para melhorar a experiência digital. O aplicativo tem 19,4 milhões de consumidores em seu programa de fidelidade.
"Ao navegar pela crise da covid-19, aceleramos nossos planos de transformação das lojas para endereçar a realidade da situação atual, ao mesmo tempo em que continuamos a oferecer uma experiência segura, familiar e conveniente para nossos consumidores", diz Kevin Johnson, presidente da rede, em comunicado.