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Souza Cruz quer regulamentação para setor do tabaco

A proibição de cigarros mentolados seria prejudicial aos negócios da Souza Cruz, afirmou o presidente da empresa

Souza Cruz: linha de produção de cigarros na fábrica (DIVULGACAO)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 23h34.

São Paulo - A Souza Cruz se mostrou a favor de uma regulamentação da indústria do tabaco no País, que tem sido fortemente afetada pelo avanço do mercado ilegal de cigarros. "Somos a favor de uma regulação na indústria, mas desde que seja uma regulação que tente equilibrar o interesse de todos os stakeholders", disse o diretor Financeiro e Relações com Investidores, Leonardo Senra.

No entanto, segundo a empresa, a proibição das vendas de cigarros mentolados no mercado brasileiro geraria um grande impacto econômico negativo para os agricultores familiares envolvidos na cadeia produtiva da indústria do tabaco. É com essa posição que a Souza Cruz tem participado da discussão sobre o tema no Brasil, debate que já ocorre no âmbito da Anvisa e do Congresso. "Hoje, 50 mil produtores seriam afetados. A cultura do tabaco contribui para o desenvolvimento do País, ao fortalecer e reter famílias no meio rural", afirmou Senra.

O uso de aditivos e flavorizantes em cigarros tem sido alvo de críticas de especialistas que atuam no movimento antitabagista no País. O argumento é de que o sabor mais agradável do produto seria prejudicial por levar mais pessoas a fumar e por dificultar a largar o vício. Na semana passada, o Congresso realizou uma audiência pública para discutir o tema. No final do ano, a Anvisa abriu duas consultas públicas para colher informações da sociedade sobre o tema, cujo período de contribuições encerrou este ano.

A proibição de cigarros mentolados seria prejudicial aos negócios da Souza Cruz. Isso porque a companhia aposta nos cigarros Premium, de maior valor agregado, para compensar a estagnação das vendas e o avanço do mercado ilegal.

A discussão sobre a proibição dos cigarros mentolados tem ocorrido não apenas no Brasil, mastambém em uma série de outros países, como os Estados Unidos e o Canadá. Nesse contexto, o executivo disse que o importante é que essa discussão ocorra em bases científicas para que não se gerem distorções ao mercado.


"Ao invés de ficarem apenas na superfície, as discussões precisam ter embasamento e fundamento", afirmou Senra, durante o prêmio Destaque Agência Estado Empresas 2011, relativo ao ranking de 2010, elaborado em parceria com a Economática.

Mercado

Sobre as perspectivas para o mercado de cigarros ao longo dos próximos meses, Senra disse que já é possível observar uma desaceleração da demanda. "Com a taxa de juros superior a 12% e a

preocupação do governo com o controle inflacionário, já se iniciou um processo de desaquecimento da economia, que devemos continuar observando no segundo semestre do ano", explicou o executivo, ressaltando que é esse cenário que a companhia está trabalhando hoje.

Segundo o executivo, é possível notar o impacto desse cenário em alguns indicadores, sobretudo na inadimplência. "Ainda que seja algo pequeno na nossa indústria, pequenos repiques de inadimplência apenas ocorrem porque existe algum tipo de pressão sobre os consumidores, seja no tocante da renda disponível ou na disponibilidade de crédito, que é o que está acontecendo hoje", justificou.

Apesar do cenário macroeconômico mais adverso, Senra reforçou que a empresa continuará a

trabalhar no desenvolvimento de suas marcas no mercado. O executivo lembrou que a Souza Cruz

lançou em abril deste ano uma nova linha de produtos da marca Dunhill, o modelo Dunhill Reloc. "O mais importante nesse cenário é como as empresas se posicionam. Acreditamos que o crescimento continuará de forma consistente, mas talvez não em taxas tão elevadas como vimos no ano passado", acrescentou.

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São Paulo - A Souza Cruz se mostrou a favor de uma regulamentação da indústria do tabaco no País, que tem sido fortemente afetada pelo avanço do mercado ilegal de cigarros. "Somos a favor de uma regulação na indústria, mas desde que seja uma regulação que tente equilibrar o interesse de todos os stakeholders", disse o diretor Financeiro e Relações com Investidores, Leonardo Senra.

No entanto, segundo a empresa, a proibição das vendas de cigarros mentolados no mercado brasileiro geraria um grande impacto econômico negativo para os agricultores familiares envolvidos na cadeia produtiva da indústria do tabaco. É com essa posição que a Souza Cruz tem participado da discussão sobre o tema no Brasil, debate que já ocorre no âmbito da Anvisa e do Congresso. "Hoje, 50 mil produtores seriam afetados. A cultura do tabaco contribui para o desenvolvimento do País, ao fortalecer e reter famílias no meio rural", afirmou Senra.

O uso de aditivos e flavorizantes em cigarros tem sido alvo de críticas de especialistas que atuam no movimento antitabagista no País. O argumento é de que o sabor mais agradável do produto seria prejudicial por levar mais pessoas a fumar e por dificultar a largar o vício. Na semana passada, o Congresso realizou uma audiência pública para discutir o tema. No final do ano, a Anvisa abriu duas consultas públicas para colher informações da sociedade sobre o tema, cujo período de contribuições encerrou este ano.

A proibição de cigarros mentolados seria prejudicial aos negócios da Souza Cruz. Isso porque a companhia aposta nos cigarros Premium, de maior valor agregado, para compensar a estagnação das vendas e o avanço do mercado ilegal.

A discussão sobre a proibição dos cigarros mentolados tem ocorrido não apenas no Brasil, mastambém em uma série de outros países, como os Estados Unidos e o Canadá. Nesse contexto, o executivo disse que o importante é que essa discussão ocorra em bases científicas para que não se gerem distorções ao mercado.


"Ao invés de ficarem apenas na superfície, as discussões precisam ter embasamento e fundamento", afirmou Senra, durante o prêmio Destaque Agência Estado Empresas 2011, relativo ao ranking de 2010, elaborado em parceria com a Economática.

Mercado

Sobre as perspectivas para o mercado de cigarros ao longo dos próximos meses, Senra disse que já é possível observar uma desaceleração da demanda. "Com a taxa de juros superior a 12% e a

preocupação do governo com o controle inflacionário, já se iniciou um processo de desaquecimento da economia, que devemos continuar observando no segundo semestre do ano", explicou o executivo, ressaltando que é esse cenário que a companhia está trabalhando hoje.

Segundo o executivo, é possível notar o impacto desse cenário em alguns indicadores, sobretudo na inadimplência. "Ainda que seja algo pequeno na nossa indústria, pequenos repiques de inadimplência apenas ocorrem porque existe algum tipo de pressão sobre os consumidores, seja no tocante da renda disponível ou na disponibilidade de crédito, que é o que está acontecendo hoje", justificou.

Apesar do cenário macroeconômico mais adverso, Senra reforçou que a empresa continuará a

trabalhar no desenvolvimento de suas marcas no mercado. O executivo lembrou que a Souza Cruz

lançou em abril deste ano uma nova linha de produtos da marca Dunhill, o modelo Dunhill Reloc. "O mais importante nesse cenário é como as empresas se posicionam. Acreditamos que o crescimento continuará de forma consistente, mas talvez não em taxas tão elevadas como vimos no ano passado", acrescentou.

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