Negócios

Sony fechará centro em Tóquio para reduzir custos

Empresa planeja reduzir sua força mundial de trabalho em 10 mil pessoas até 31 de março


	As ações da Sony caíram em 43% desde que Kazuo Hirai assumiu a presidência
 (Yuriko Nakao/Reuters)

As ações da Sony caíram em 43% desde que Kazuo Hirai assumiu a presidência (Yuriko Nakao/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 10h29.

A Sony planeja fechar suas operações em um edifício de escritório em Tóquio que abriga oito por cento de seu pessoal no Japão, uma das primeiras decisões concretas do conglomerado de eletrônica e entretenimento quanto a um corte de quatro mil funcionários.

A decisão, que é parte de uma reestruturação que vem sendo implementada pelo presidente-executivo Kazuo Hirai, não havia sido anunciada previamente.

A Sony fechará o Centro de Tecnologia Shinagawa, um edifício de 31 pavimentos que ocupa desde que foi inaugurado em 1998, informou um porta-voz da empresa à Reuters. Os 4,8 mil funcionários que lá trabalham serão transferidos a outros locais.

A decisão, que deve ser implementada até setembro do ano que vem, tem por objetivo reduzir custos e facilitar o realinhamento dos negócios da Sony, segundo o porta-voz.

A Sony planeja reduzir sua força mundial de trabalho em 10 mil pessoas até 31 de março, e os cortes incluiriam quase 4 mil trabalhadores no Japão.

A companhia anunciou na semana passada que as demissões incluiriam um corte de 20 por cento no pessoal de sua sede por meio de um programa de aposentadoria antecipada, e o fechamento de uma fábrica em Gifu, Japão, que produz lentes para câmeras e celulares.

O edifício Shinagawa, que fica bem perto da sede da companhia, é propriedade da Nippon Steel Kowa Real Estate, Sumitomo Life Insurance e Obayashi.

Ao transferir pessoal para instalações de mais baixo custo, como seu complexo de edifícios em Atsugi, no subúrbio de Tóquio, a Sony antecipa poder cortar seus custos, ainda que não tenha informado como isso aconteceria. A companhia vai anunciar resultados trimestrais em 1º de novembro.

"A decisão pode propiciar economia significativa para a Sony", disse Fred Takahashi, diretor-executivo da imobiliária CBRE Japan.


A Sony concluiu a venda de sua divisão química a um banco estatal em setembro, o que reduziu seu quadro de funcionários em 1,8 mil pessoas.

Hirai prometeu que recuperaria a empresa adotando como foco os jogos, imagens digitais e aparelhos móveis, e ingressando em novos setores como o de equipamentos médicos.

As ações da Sony caíram em 43 por cento desde que Hirai assumiu a presidência.

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