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Sony deixa de vender celulares no Brasil

Em 2018, a empresa teve queda de 31% nas vendas de celulares em comparação a 2017

Sony: empresa confirmou em seu relatório que deixará de vender celulares no Brasil (David Ramos/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2019 às 14h41.

A Sony confirmou que deixará de vender smartphones no Brasil — a informação está presente no relatório financeiro da empresa divulgado na última sexta, 26.

Em 2018, a empresa teve queda de 31% nas vendas de celulares em comparação a 2017. O prejuízo com a unidade no período chegou a US$ 870 milhões, US$ 250 milhões mais alto do que no ano anterior.

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No comunicado, a empresa diz que implementou um plano para reduzir os gastos em 50% em relação ao ano fiscal anterior. Dessa maneira, a gigante japonesa encerrou a produção em sua fábrica chinesa e saiu de três mercados: Oriente Médio, América Central e América do Sul. A companhia diz que assim conseguirá ter lucro em 2020.

Os rumores de que a Sony havia encerrado as operações no Brasil existem desde março, quando o site da companhia removeu informações sobre celulares e a página no Facebook foi deletada. A Sony parou de fabricar smartphones no Brasil em 2016, e o último lançamento no País foi no começo do ano passado com o Xperia XZ2.

A crise na Sony Mobile não é nova. A divisão caminha para o terceiro ano consecutivo de prejuízo. Durante todo o ano passado, a companhia vendeu apenas 6,5 milhões de unidades. A chinesa Huawei, por exemplo, vendeu apenas entre janeiro e março deste ano 59 milhões de aparelhos.

Em março, a Sony havia anunciado que integraria as divisões de celulares, TV e outros eletrônicos em uma única divisão.

Por outro lado, o resultado geral da empresa, puxado principalmente pela divisão de semicondutores e sensores de imagem, foi positivo com lucro de US$ 8 bilhões. O negócio de semicondutores deverá ter em 2020 lucro de US$ 1,4 bilhão maior que neste ano.

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