Exame Logo

Sky infla número de clientes no Brasil, diz controladora

O erro foi verificado após uma investigação interna realizada a partir de abril pela Directv e causado por irregularidades dos funcionários no Brasil

Conforme a Directv, estima-se que a base de assinantes possa ter sido de, aproximadamente, cem mil a menos do que a reportada à Anatel no fim de 2012, de 5,038 milhões (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 18h45.

São Paulo - A empresa de televisão por assinatura Sky inflou o número de assinantes no Brasil, de acordo com a controladora da companhia, a Directv, dos Estados Unidos.

O erro foi verificado após uma investigação interna realizada a partir de abril pela Directv e causado por irregularidades dos funcionários no Brasil, segundo documento enviado à Securities and Exchange Comission (SEC), órgão que controla o mercado de capitais nos EUA.

Conforme a Directv, estima-se que a base de assinantes possa ter sido de, aproximadamente, cem mil a menos do que a reportada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no fim de 2012, de 5,038 milhões. Em março, o aumento da base foi inflada em 200 mil assinantes, frente aos números de 5,258 milhões encaminhados à Anatel.

Na análise da empresa, alguns funcionários estavam desde 2012 conduzindo atividades incompatíveis com as políticas autorizadas pela Sky para retenção de assinantes e gerenciamento dos desligamentos. Entre as irregularidades, estavam a concessão indevida de créditos a várias contas de clientes para reduzir ou eliminar saldos devedores.

O custo estimado da empresas com as irregularidades devem produzir encargos antes de impostos de US$ 25 milhões, contabilizados nos resultados do segundo trimestre, em razão do reconhecimento das taxas de desconexões e dos respectivos custos operacionais. Assim, com a revisão da base de clientes, a Sky terminou maio com 5,212 milhões de assinantes, ante 5,342 milhões em abril.

De acordo com a Anatel, a Sky/Directv tem a segunda maior operação de TV paga do País, atrás da NET/Embratel, com 8,842 milhões de assinaturas, e à frente da Oi, com 857 mil, segundo dados de abril. Os dados mais recentes apontam que o País conta com 16,969 milhões de domicílios com televisão por assinatura.

A Anatel afirmou, em nota, que não tomou conhecimento dos resultados da investigação, mas que "eventuais falhas de registro na base de assinantes da empresa não trazem repercussões diretas sobre a prestação do serviço aos usuários, preocupação maior do órgão regulador".

Na avaliação da Anatel, o erro nos cálculos da base de assinantes não traz impacto em arrecadação tributária. "Caso a empresa encontre inconsistências em sua base de assinantes, deve efetuar as correções devidas e comunicar ao órgão regulador para fins estatísticos." Procurada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Sky Brasil não se pronunciou até as 17h30.

Veja também

São Paulo - A empresa de televisão por assinatura Sky inflou o número de assinantes no Brasil, de acordo com a controladora da companhia, a Directv, dos Estados Unidos.

O erro foi verificado após uma investigação interna realizada a partir de abril pela Directv e causado por irregularidades dos funcionários no Brasil, segundo documento enviado à Securities and Exchange Comission (SEC), órgão que controla o mercado de capitais nos EUA.

Conforme a Directv, estima-se que a base de assinantes possa ter sido de, aproximadamente, cem mil a menos do que a reportada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no fim de 2012, de 5,038 milhões. Em março, o aumento da base foi inflada em 200 mil assinantes, frente aos números de 5,258 milhões encaminhados à Anatel.

Na análise da empresa, alguns funcionários estavam desde 2012 conduzindo atividades incompatíveis com as políticas autorizadas pela Sky para retenção de assinantes e gerenciamento dos desligamentos. Entre as irregularidades, estavam a concessão indevida de créditos a várias contas de clientes para reduzir ou eliminar saldos devedores.

O custo estimado da empresas com as irregularidades devem produzir encargos antes de impostos de US$ 25 milhões, contabilizados nos resultados do segundo trimestre, em razão do reconhecimento das taxas de desconexões e dos respectivos custos operacionais. Assim, com a revisão da base de clientes, a Sky terminou maio com 5,212 milhões de assinantes, ante 5,342 milhões em abril.

De acordo com a Anatel, a Sky/Directv tem a segunda maior operação de TV paga do País, atrás da NET/Embratel, com 8,842 milhões de assinaturas, e à frente da Oi, com 857 mil, segundo dados de abril. Os dados mais recentes apontam que o País conta com 16,969 milhões de domicílios com televisão por assinatura.

A Anatel afirmou, em nota, que não tomou conhecimento dos resultados da investigação, mas que "eventuais falhas de registro na base de assinantes da empresa não trazem repercussões diretas sobre a prestação do serviço aos usuários, preocupação maior do órgão regulador".

Na avaliação da Anatel, o erro nos cálculos da base de assinantes não traz impacto em arrecadação tributária. "Caso a empresa encontre inconsistências em sua base de assinantes, deve efetuar as correções devidas e comunicar ao órgão regulador para fins estatísticos." Procurada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Sky Brasil não se pronunciou até as 17h30.

Acompanhe tudo sobre:AnatelEmpresasSky TVTelecomunicaçõesTelevisãoTVTV paga

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame