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Sindicatos não se opõem à venda da Parmalat para Lactalis

Sindicatos italianos não veem problemas caso a empresa passe a controle franês, desde que o grupo não seja dividido

O governo italiano não quer que a Parmalat fique sob controle estrangeiro (Andreas Solaro/AFP)

O governo italiano não quer que a Parmalat fique sob controle estrangeiro (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 15h28.

Roma e Milão - Os sindicatos italianos não se opõem à ideia da gigante francesa do setor de laticínios Lactalis conquistar o controle da Parmalat, desde que o grupo alimentício italiano se mantenha intacto.

A batalha pelo controle da maior empresa de alimentos listada em bolsa da Itália tem incentivado uma briga entre Paris e Roma, e levou o governo de centro-direita do primeiro-ministro Silvio Berlusconi a preparar um consórcio para tentar barrar a Lactalis.

"Não existem motivos para se preocupar com a Lactalis", disse o secretário nacional do sindicato Fai-Cisl, Stefano Faiotto, nesta quarta-feira, após encontro com o ministro da Indústria em Roma.

"Nossas relações com a Lactalis são positivas", disse ele à Reuters.

Os sindicatos Flai-Cgil, Uila and Fai-Cisl concordaram com o governo nesta quarta-feira de que qualquer plano para a Parmalat, independente da estrutura do controle, deve descartar a possibilidade de divisão das atividades do grupo, e precisa reforçar a posição internacional da empresa e manter sede na Itália.

"O que importa para nós é o impacto nos empregos, então se o comprador for italiano melhor ainda", disse o secretário-geral do sindicato Uila, Stefano Mantegazza, a repórteres nesta quarta-feira.

A Lactalis, terceira maior produtora de laticínios do mundo, comprou 29 por cento da Parmalat, que possui uma valor de mercado de cerca de 4 bilhões de euros (5,8 bilhões de dólares).

A proprietária francesa de marcas de queijos italianos está pronta para assumir sua posição na importante reunião de acionistas da Parmalat, prevista para junho.

Enquanto isso, o governo italiano está trabalhando na criação de um fundo soberano para comprar fatias em empresas estratégicas, como a Parmalat, protegendo-as de ofertas hostis por acionistas estrangeiros.

O fundo deverá ser parcialmente auxiliado pela holding estatal italiana Cassa Depositi e Prestiti e ter a participação de investidores privados, como grupos de private equity e a empresa italiana do segmento de leite Granarolo.

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