Sindicato teme fechamento de unidade da JBS na Argentina
Todos os funcionários da unidade do grupo em Venado Tuerto receberam férias coletivas em dezembro e nenhum abate é feito no local dede então
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 16h04.
Buenos Aires - O grupo frigorífico JBS Friboi pode fechar uma de suas unidades na Argentina, a que se encontra localizada em Venado Tuerto, ao sul da província de Santa Fé, informou o presidente da Federação de Empregados da Indústria de Carne e seus Derivados, Alberto Fantini. Ele disse que no dia 17 de dezembro a Swift Armour, subsidiária do grupo brasileiro, decidiu dar férias coletivas aos 540 funcionários. Na sequência, os empregados voltaram ao trabalho em regime de pagamento mínimo do salário garantido por contrato coletivo, mas a unidade não vem fazendo nenhum abate.
Desde a última segunda-feira, os operários vêm se mobilizando em frente ao frigorífico, cuja produção é concentrada em exportações, prejudicadas nos últimos anos pela política argentina de restrições às vendas externas e controle de preços, pela estiagem e pela forte crise do setor provocada por falta de animais para abate. As supostas dificuldades financeiras da empresa e a situação dos empregados serão discutidas amanhã em reunião convocada pelo Ministério do Trabalho, informou Fantini.
"Pedimos a intervenção urgente do governo para defender postos de trabalho que deixam 540 famílias com futuro incerto", disse o sindicalista. Fantini detalhou que a garantia de carga horária mínima de trabalho está prevista para até o dia 10 de janeiro e que a Swift apresentou, na terça-feira, proposta de aposentadoria voluntária. "Precisamos defender o emprego em outros frigoríficos que também estão com problemas, como o Swift de Rosário, que tem mil operários", afirmou o sindicalista, que se reuniu na segunda-feira com o executivo da JBS na Argentina Artemio Listoni.
Fantini relatou que pediu a ajuda também ao secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, com quem manterá reunião na próxima semana. Em entrevista à Rádio 2, o secretário de Trabalho de Santa Fé, Julio Genesini, confirmou que convocou a reunião para tentar encontrar uma solução para a situação da empresa e dos operários. O secretário argumentou que o regime de pagamento mínimo adotado pela empresa se deve ao fato de não haver oferta de gado para o abate. Ele confirmou ainda que "há fortes versões sobre a possibilidade de fechamento do frigorífico".
A federação de empregados do setor estima que já foram fechados sete mil postos de trabalho e outros 2.400 operários no país estão recebendo salários graças ao programa do Ministério do Trabalho que subsidia as empresas para manter a folha de pagamento.
Procurado pela Agência Estado, o executivo Artemio Listoni não respondeu às chamadas telefônicas. O assunto é um dos destaques dos jornais argentinos, em suas edições desta quinta-feira. A Swift Armour foi adquirida pelo grupo brasileiro em 2005. Além de Rosario e Venado Tuerto, a JBS tem na Argentina unidades em San José, Pontevedra, Berazategui e Zárate.
Buenos Aires - O grupo frigorífico JBS Friboi pode fechar uma de suas unidades na Argentina, a que se encontra localizada em Venado Tuerto, ao sul da província de Santa Fé, informou o presidente da Federação de Empregados da Indústria de Carne e seus Derivados, Alberto Fantini. Ele disse que no dia 17 de dezembro a Swift Armour, subsidiária do grupo brasileiro, decidiu dar férias coletivas aos 540 funcionários. Na sequência, os empregados voltaram ao trabalho em regime de pagamento mínimo do salário garantido por contrato coletivo, mas a unidade não vem fazendo nenhum abate.
Desde a última segunda-feira, os operários vêm se mobilizando em frente ao frigorífico, cuja produção é concentrada em exportações, prejudicadas nos últimos anos pela política argentina de restrições às vendas externas e controle de preços, pela estiagem e pela forte crise do setor provocada por falta de animais para abate. As supostas dificuldades financeiras da empresa e a situação dos empregados serão discutidas amanhã em reunião convocada pelo Ministério do Trabalho, informou Fantini.
"Pedimos a intervenção urgente do governo para defender postos de trabalho que deixam 540 famílias com futuro incerto", disse o sindicalista. Fantini detalhou que a garantia de carga horária mínima de trabalho está prevista para até o dia 10 de janeiro e que a Swift apresentou, na terça-feira, proposta de aposentadoria voluntária. "Precisamos defender o emprego em outros frigoríficos que também estão com problemas, como o Swift de Rosário, que tem mil operários", afirmou o sindicalista, que se reuniu na segunda-feira com o executivo da JBS na Argentina Artemio Listoni.
Fantini relatou que pediu a ajuda também ao secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, com quem manterá reunião na próxima semana. Em entrevista à Rádio 2, o secretário de Trabalho de Santa Fé, Julio Genesini, confirmou que convocou a reunião para tentar encontrar uma solução para a situação da empresa e dos operários. O secretário argumentou que o regime de pagamento mínimo adotado pela empresa se deve ao fato de não haver oferta de gado para o abate. Ele confirmou ainda que "há fortes versões sobre a possibilidade de fechamento do frigorífico".
A federação de empregados do setor estima que já foram fechados sete mil postos de trabalho e outros 2.400 operários no país estão recebendo salários graças ao programa do Ministério do Trabalho que subsidia as empresas para manter a folha de pagamento.
Procurado pela Agência Estado, o executivo Artemio Listoni não respondeu às chamadas telefônicas. O assunto é um dos destaques dos jornais argentinos, em suas edições desta quinta-feira. A Swift Armour foi adquirida pelo grupo brasileiro em 2005. Além de Rosario e Venado Tuerto, a JBS tem na Argentina unidades em San José, Pontevedra, Berazategui e Zárate.