Negócios

Sindicato quer anular demissões de metalúrgicos na Ford

O sindicato reivindica o imediato cancelamento das dispensas e se dispõe a discutir a abertura de um novo PDV

Ford: trabalhadores iniciaram um processo de mobilização na última sexta, quando pararam o setor de estamparia da fábrica (Carlos Jasso/Reuters)

Ford: trabalhadores iniciaram um processo de mobilização na última sexta, quando pararam o setor de estamparia da fábrica (Carlos Jasso/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 10h04.

Última atualização em 17 de agosto de 2017 às 10h58.

São Paulo - Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 16, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou os trabalhadores na Ford sobre o andamento das negociações com a empresa, retomadas na terça-feira, 15 - cinco dias após o anúncio de demissão de 364 metalúrgicos que estavam em layoff (suspensão temporária de contratos de trabalho).

O sindicato reivindica o imediato cancelamento das dispensas e se dispõe a discutir a abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) como alternativa para o gerenciamento do excedente de trabalhadores alegado pela montadora.

"A fábrica alega que desde 2015 vem enfrentando um cenário difícil e tem sido sustentada pela matriz. E diz que de lá veio a ordem de demissão", afirmou durante assembleia o coordenador do Comitê Sindical na Ford, José Quixabeira de Anchieta. "Ela alega também que não consegue mais manter trabalhadores em layoff. Será mais uma negociação muito difícil, mas não será a primeira."

Os trabalhadores iniciaram um processo de mobilização na última sexta, quando pararam o setor de estamparia da fábrica. De acordo com José Quixabeira, como o diálogo foi retomado, as manifestações foram suspensas. O dirigente ressalta, no entanto, que o sindicato vai continuar em negociação, mas dará como prazo até a sexta-feira para que a empresa consiga apresentar uma proposta viável a ser apresentada aos metalúrgicos.

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