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Shell suspende atividades na Síria após novas sanções

Empresa vai cumprir a nova rodada de sanções impostas ao país

"Nossa principal prioridade é a segurança de nossos empregados, dos quais nós sentimos muito orgulho", disse um porta-voz da empresa (Shaun Curry/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 12h28.

Beirute - A Royal Dutch Shell afirmou nesta sexta-feira que vai encerrar as operações na Síria para atender às novas sanções da União Europeia contra o país, aprofundando o isolamento internacional do presidente Bashar al-Assad por causa da violenta repressão às revoltas populares.

No mais recente derramamento de sangue, desertores do exército sírio mataram oito membros de inteligência da Força Aérea em um ataque contra a base deles no norte do país, de acordo com relatos de um grupo de oposição nesta sexta-feira.

O incidente sugeriu que desertores armados estão mudando cada vez mais da defesa dos manifestantes civis contra a repressão violenta por parte das forças de segurança de Assad para uma ofensiva com emboscadas e bombas colocadas à beira de estradas, levantando o espectro da guerra civil.

Países ocidentais e árabes têm intensificado as sanções punitivas para pressionar Assad a cumprir as promessas de deter o derramamento de sangue, retirar as forças de cidades onde há protestos, iniciar as negociações de transição com a oposição e permitir observadores da Liga Árabe.

A Royal Dutch Shell disse que iria fechar as operações na Síria para atender a uma rodada de sanções da UE que prejudicou os setores financeiros e de petróleo da Síria, na véspera.

"Nossa principal prioridade é a segurança de nossos empregados, dos quais nós sentimos muito orgulho. Esperamos que a situação melhore rapidamente para todos os sírios", disse um porta-voz da Shell.

Na sexta-feira, a UE estendeu as sanções a três instituições do setor de petróleo da Síria, incluindo a estatal Geral Petroleum Corporation (GPC) e a Syria Trading Oil (Sytrol), para aumentar a pressão financeira sobre o governo Assad.

As três instituições do setor petrolífero estavam entre as 11 entidades e 12 figuras da liderança síria incluídas em uma lista negra da UE agora destinada, em parte, a interromper os empreendimentos de gigantes do petróleo na Síria. A Royal Dutch Shell foi a primeira a sucumbir.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu uma ação internacional para proteger a população civil da Síria da "repressão implacável e contínua que, se não for interrompida agora, pode conduzir o país a uma guerra civil plena".


Mais de 4.000 pessoas foram mortas, incluindo 307 crianças, durante a repressão militar ao levante iniciado em março e acredita-se que mais de 14.000 estejam detidas, afirmou ela durante uma sessão emergencial do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

"À luz do fracasso das autoridades sírias em proteger os seus cidadãos, a comunidade internacional precisa tomar medidas urgentes e eficazes para proteger o povo sírio", disse Pillay, em Genebra. "Todos os atos de assassinato, tortura e outras formas de violência devem ser imediatamente interrompidos."

Ela expressou preocupação com os relatos de aumento de ataques armados pelas forças da oposição, incluindo o chamado Exército Livre da Síria, contra as forças armadas sírias e aparatos de segurança.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, e outros ativistas disseram que pelo menos 20 civis foram mortos pelas forças de segurança sírias em todo o país na quinta-feira, principalmente nas províncias de Hama e Homs -- epicentro da revolta anti-Assad.

O Observatório informou que o ataque à Inteligência da Força Aérea aconteceu na província de Idlib, entre as cidades de Jisr al-Shughour e o porto mediterrâneo de Latakia.

"Um confronto se seguiu por três horas, que levou à morte de pelo menos oito membros da Inteligência da Força Aérea", disse.

A agência de notícias estatal síria Sana informou que forças de segurança "na quinta-feira mataram cinco homens armados e prenderam outros 35 durante um confronto com terroristas armados em Hama".Segundo a agência, dezenas de fuzis Kalashnikov, pistolas, granadas e explosivos foram apreendidos.

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Beirute - A Royal Dutch Shell afirmou nesta sexta-feira que vai encerrar as operações na Síria para atender às novas sanções da União Europeia contra o país, aprofundando o isolamento internacional do presidente Bashar al-Assad por causa da violenta repressão às revoltas populares.

No mais recente derramamento de sangue, desertores do exército sírio mataram oito membros de inteligência da Força Aérea em um ataque contra a base deles no norte do país, de acordo com relatos de um grupo de oposição nesta sexta-feira.

O incidente sugeriu que desertores armados estão mudando cada vez mais da defesa dos manifestantes civis contra a repressão violenta por parte das forças de segurança de Assad para uma ofensiva com emboscadas e bombas colocadas à beira de estradas, levantando o espectro da guerra civil.

Países ocidentais e árabes têm intensificado as sanções punitivas para pressionar Assad a cumprir as promessas de deter o derramamento de sangue, retirar as forças de cidades onde há protestos, iniciar as negociações de transição com a oposição e permitir observadores da Liga Árabe.

A Royal Dutch Shell disse que iria fechar as operações na Síria para atender a uma rodada de sanções da UE que prejudicou os setores financeiros e de petróleo da Síria, na véspera.

"Nossa principal prioridade é a segurança de nossos empregados, dos quais nós sentimos muito orgulho. Esperamos que a situação melhore rapidamente para todos os sírios", disse um porta-voz da Shell.

Na sexta-feira, a UE estendeu as sanções a três instituições do setor de petróleo da Síria, incluindo a estatal Geral Petroleum Corporation (GPC) e a Syria Trading Oil (Sytrol), para aumentar a pressão financeira sobre o governo Assad.

As três instituições do setor petrolífero estavam entre as 11 entidades e 12 figuras da liderança síria incluídas em uma lista negra da UE agora destinada, em parte, a interromper os empreendimentos de gigantes do petróleo na Síria. A Royal Dutch Shell foi a primeira a sucumbir.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu uma ação internacional para proteger a população civil da Síria da "repressão implacável e contínua que, se não for interrompida agora, pode conduzir o país a uma guerra civil plena".


Mais de 4.000 pessoas foram mortas, incluindo 307 crianças, durante a repressão militar ao levante iniciado em março e acredita-se que mais de 14.000 estejam detidas, afirmou ela durante uma sessão emergencial do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

"À luz do fracasso das autoridades sírias em proteger os seus cidadãos, a comunidade internacional precisa tomar medidas urgentes e eficazes para proteger o povo sírio", disse Pillay, em Genebra. "Todos os atos de assassinato, tortura e outras formas de violência devem ser imediatamente interrompidos."

Ela expressou preocupação com os relatos de aumento de ataques armados pelas forças da oposição, incluindo o chamado Exército Livre da Síria, contra as forças armadas sírias e aparatos de segurança.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, e outros ativistas disseram que pelo menos 20 civis foram mortos pelas forças de segurança sírias em todo o país na quinta-feira, principalmente nas províncias de Hama e Homs -- epicentro da revolta anti-Assad.

O Observatório informou que o ataque à Inteligência da Força Aérea aconteceu na província de Idlib, entre as cidades de Jisr al-Shughour e o porto mediterrâneo de Latakia.

"Um confronto se seguiu por três horas, que levou à morte de pelo menos oito membros da Inteligência da Força Aérea", disse.

A agência de notícias estatal síria Sana informou que forças de segurança "na quinta-feira mataram cinco homens armados e prenderam outros 35 durante um confronto com terroristas armados em Hama".Segundo a agência, dezenas de fuzis Kalashnikov, pistolas, granadas e explosivos foram apreendidos.

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