Camila Farani lidera gestão de fundo de US$ 50 mi para internacionalizar startups brasileiras
Presidente da G2Capital e outros investidores empreendedores estão de olho em startups brasileiras com soluções globais
Isabela Rovaroto
Publicado em 20 de junho de 2022 às 14h09.
Última atualização em 24 de junho de 2022 às 15h54.
Demissões, inflação alta e investidores cautelosos. O cenário atual não parece ser muito animador para as startups . Entretanto, um grupo de investidores acredita que boas oportunidades podem surgir em cenários desafiadores. Camila Farani, uma das maiores investidoras-anjo do Brasil, aposta na Staged Ventures, nova gestora de fundo de investimentos voltada à internacionalização de startups brasileiras. A expectativa é investir US$ 50 milhões, cerca de R$ 252 milhões, nos primeiros 12 meses.
Grandes empreendedores que também investem estão de olho em startups brasileiras com soluções globais. A empreendedora Camila Farani ficou nacionalmente famosa ao participar como jurada do programa Shark Tank Brasil. Ela é presidente da G2Capital, butique de investimento anjo, e já aportou, junto com co-investidores, outros fundos e sua holding, mais de R$ 40 milhões em cerca de 45 empresas. Ao seu lado na Staged Ventures estão Geraldo Neto, criador da venture capital GAA Investment, Flavio Pripas, ex-head do Cubo no Brasil e atual CSO da Digibee, e outros oito investidores.
Criada nos Estados Unidos, a Staged Ventures tem foco em startups B2B em estágio seed, series A ou B, com potencial de entrada no mercado americano. A gestora realiza investimentos primários e secundários, buscando modelos de execução robustos. A expectativa é investir US$ 1,5 milhão a US$10 milhões em até 15 empresas. Duas empresas, que não tiveram seus nomes relevados, já receberam investimento primário e secundário.
A ideia é construir um caminho para que empresas brasileiras entrem com mais facilidade no ecossistema internacional, principalmente nos Estados Unidos. "O mercado americano de startups é o líder mundial. Existe uma construção de valor imensa para esses negócios”, diz Camila.
Exportar soluções é diferente de internacionalizar negócios. Há seis anos morando nos Estados Unidos, Geraldo Neto destaca documentação, preço da jornada, formação de time e estratégia para penetração como os maiores desafios do processo.
“Reunimos um grupo de pessoas que realmente têm profundidade e conhecimento sobre o mundo das startups, que conhecem bem os estágios, os desafios e as oportunidades, e que têm vivido nele com intensidade nos últimos anos", explica Neto.
A Staged Ventures busca startups que tenham capacidade de escalar com estratégias claras e que entendam as possibilidades de crescimento no mercado internacional.
“Com a Staged Ventures, queremos ser protagonistas para empresas brasileiras de qualidade que buscam a internacionalização. Essas empresas precisam de conhecimento, investimento e um ‘playbook’, ou seja, entender quais são os passos para migrar do nosso mercado, que é grande, mas que não representa o potencial mundial”, detalha o executivo.
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