O setor ferroviário é essencial para o modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil e vive franca recuperação. "A demanda atual é de 8 mil vagões por ano", diz Elias David Nigri, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Em 2002, o número de vagões produzidos no país foi de 300 unidades, segundo a entidade.

"O transporte de commodities, de minério de ferro, do agronegócio e de produtos siderúrgicos só é possível e eficiente pela ferrovia", afirma Nigri. O governo, portanto, estaria empenhado em ampliar a participação da ferrovia na matriz de transporte brasileira. O volume médio transportado pelo setor atingiu 370 milhões de toneladas em 2004 e deve crescer, em 2005, à taxa média de expansão registrada nos últimos anos, entre 10% e 15%.

Mas há uma série de problemas pendentes que prejudicam o desenvolvimento do setor ferroviário. O acesso aos portos é incompatível com o fluxo de carga transportada por via férrea; loteamentos ilegais disputam a área das ferrovias; e 11 mil passagens de nível (cruzamentos com a malha rodoviária) cortam os 28 mil quilômetros de ferrovias existentes no país.

Nigri é um dos palestrantes da 8ª Conferência Internacional de Ferrovias de Transporte de Carga Pesada, iniciada nesta terça-feira (14/6), no Rio de Janeiro. Realizada a cada quatro anos, a conferência ocorre pela primeira vez no Brasil.

Com informações da Agência Brasil.