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Setor de produtos é o campeão de reclamações em 2010

Celulares, grandes varejistas e comércio eletrônico geraram a maior parte das reclamações no ano passado

Embora ainda não tenha representantes entre as dez mais, varejo e e-commerce estão na corda bamba (Ryan McVay/Getty Images)

Embora ainda não tenha representantes entre as dez mais, varejo e e-commerce estão na corda bamba (Ryan McVay/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 19h29.

São Paulo - O mau desempenho dos fabricantes de celulares engrossou o número de reclamações referentes ao setor de produtos feitas ao PROCON-SP em 2010. No entanto, embora não tenham representantes entre as dez empresas mais reclamadas do ano, os grandes varejistas também vêm apresentando desempenho insatisfatório, agravado pelo setor de comércio eletrônico.

As reclamações sobre empresas do setor de produtos responderam por 35% do total de queixas fundamentadas feitas ao PROCON-SP em 2010, mostra o relatório divulgado pela entidade nesta terça-feira (15). Foi o maior percentual entre todos os setores, à frente de “serviços essenciais” e “assuntos financeiros e habitação”. No ano passado, o setor de produtos era apenas o terceiro em número de reclamações, com 17,6% do total.

De acordo com o documento, o crescimento do setor de e-commerce veio acompanhado do crescimento no número de reclamações. O principal problema relatado pelos consumidores diz respeito à entrega de produtos. Essa foi, aliás, a reclamação mais recorrente no setor de produtos em 2010.

Depois de cobranças indevidas - problema que atinge mais aos bancos e prestadoras de serviços essenciais - os dois principais motivos de reclamações de consumidores em 2010 foram produtos entregues com defeito e outros problemas com entregas de produtos e serviços. As multas aplicadas por descumprimento da Lei da Entrega totalizaram, desde dezembro de 2009, 30 milhões de reais.

As entregas de produtos com defeito atingiram mais as empresas do segmento de eletroeletrônicos, como é o caso das fabricantes de celulares que figuraram este ano entre as dez mais reclamadas. Foram essas empresas que puxaram o número de reclamações do setor para cima.

As falhas na entrega envolvem ainda grandes varejistas, incluindo-se aí lojas físicas e virtuais. Esse problema está ligado à incapacidade dos fornecedores em atender à demanda que geraram. O não cumprimento de prazos, o atraso na montagem dos produtos ou entregas diferentes do que foi pedido são algumas das queixas. Também foi relatada a venda enganosa de apólices de seguro como garantia estendida.

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