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Seis presidentes que comandaram a Oi – e desistiram

Diversos empresários já presidiram a Oi, mas deixaram o cargo por tensões com os controladores ou com o mercado

Oi (Dado Galdieri/Bloomberg)

Karin Salomão

Publicado em 20 de outubro de 2014 às 09h37.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h01.

São Paulo – A empresa de telefonia Oi foi presidida por seis CEOs. O último, Zeinal Bava, renunciou no último dia 7. Sua relação com os investidores e controladores do grupo já estava desgastada, por conta de dívidas contraídas com o Grupo Espírito Santo. Antes de Bava, outros presidentes assumiram a Oi com promessas de alavancar o negócio. Desistiram. Não alcançaram as metas impostas ou entraram em conflitos com os controladores da holding. Confira a seguir a história da empresa – e de seus presidentes – no decorrer dos anos.
  • 2. Manoel Horácio Silva

    2 /8(Stock.Xchange)

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    Um dos primeiros presidentes da empresa, na época ainda chamada de Telemar , foi Manoel Horácio Silva. Ele assumiu em fevereiro de 1999, um ano depois da criação da companhia, ao deixar o cargo de diretor-presidente da Vale do Rio Doce. A Telemar acabara de ser privatizada, criada pela divisão da Telebrás. A gestão de Silva a transformou na mais eficiente do setor.
    Silva também presidia o conselho de administração das 16 operadoras que formam a holding. No entanto, acabou sendo afastado em julho de 2001 pelo conselho da companhia telefônica. Ele teria sido destituído pelos acionistas da Telemar, que não estariam satisfeitos com o modelo de negócios implantado pelo executivo.
  • 3. Ronaldo Iabrudi

    3 /8(CAROL CARQUEJEIRO/Valor Econômico)

  • Por cinco anos, a Telemar foi presidida por Ronaldo Iabrudi. Quando assumiu a presidência em julho de 2001, tinha a missão de torná-la mais enxuta, racional e lucrativa. Em 2002, a empresa criou sua linha para operações móveis, a Oi, a primeira a ser 100% brasileira. Os seus anos de presidência não se provaram tão lucrativos. No período, as margens de lucro caíram, o faturamento permaneceu praticamente estagnado e os sócios, que já não se entendiam às mil maravilhas, começaram a ter sérias divergências quanto ao rumo do negócio. Em meio à confusão, Iabrudi deixou a presidência da Telemar.
  • 4. Luiz Eduardo Falco

    4 /8(Andre Dusek/AE)

    O terceiro presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, tinha grandes ambições para a empresa – integrar Oi e Telemar. Foi de Falco a decisão de mudar o nome da companhia para Oi, criando uma das marcas mais valiosas do país.  Por fim, após a aquisição da Brasil Telecom, em abril de 2008, o executivo paulista passou a comandar o quarto maior grupo privado brasileiro, com um faturamento de 46 bilhões de reais e mais de 60 milhões de clientes. À frente desse colosso, Falco tornou-se um dos executivos mais bem pagos do Brasil. No entanto, depois do processo de fusão começaram especulações sobre sua substituição. Em abril de 2011, ele anunciou que anteciparia sua saída para o final de junho. A revista EXAME informou que o presidente enfrentava a insatisfação dos controladores da empresa com o nível de endividamento da companhia, que estava na casa dos 22 bilhões.
  • 5. Francisco Valim

    5 /8(Carol Carquejeiro / Divulgação)

    O executivo Francisco Valim deixou, em junho de 2011, o cargo de presidente da Experian para Europa, Oriente Médio, África e América Latina para assumir o comando da Oi. No entanto, assim como seu antecessor, deixou os acionistas descontentes. Oito meses depois de Valim ter sido contratado, ele apresentou um plano ao conselho e teve carta branca para isso, mas não entregou o resultado. Assim, ele deixou o cargo em janeiro de 2013 por não ter cumprido as metas de crescimento estabelecidas para o ano anterior pela companhia. Além disso, os portugueses da Portugal Telecom (PT) teriam pressionado pela saída de Valim.
  • 6. José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha

    6 /8(sxc.hu)

    Por alguns meses, enquanto a sucessão de Francisco Tosta Valim Filho estava sendo discutida, a presidência da Oi ficou nas mãos de José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha. Carneiro da Cunha se licenciou da função de presidente do conselho de administração da Oi para assumir o cargo. Ele fora membro do conselho da Tele Norte Leste de dezembro de 1999 a julho de 2002, retornando em 2007 como presidente da conselho, até fevereiro de 2012.
  • 7. Zeinal Bava

    7 /8(Divulgação)

    Assim como aqueles que vieram antes, o moçambicano Zeinal Bava assumiu a Oi com promessas de endireitar a companhia. O executivo esteve à frente do processo de fusão com a Portugal Telecom e liderou uma oferta pública de ações, com captação final de R$13,96 bilhões. No entanto, sua gestão começou a desandar quando foi divulgada a notícia de que a PT havia emprestado 897 milhões de euros ao grupo Espírito Santo, supostamente sem o conhecimento dos controladores ou de Bava. O saldo foi uma dívida líquida de R$46,2 bilhões para a Oi, segundo o Valor. A relação com os sócios nacionais da Oi, Andrade Gutierrez e grupo La Fonte, também estava desgastada, após o rombo de quase R$ 3 bilhões deixado por títulos de dívida adquiridos pela PT no começo do ano da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo. Em outubro de 2014, Zeinal Bava renunciou ao cargo.
  • 8. Veja agora 10 presidentes de empresas com começo de carreira inusitado

    8 /8(Flickr/Creative Commons/Collin Anderson)

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