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Se cuida C&A: Dafiti cresce 27% e se aproxima da liderança no mercado

Varejista digital compete com as líderes com um mix de produtos mais adaptado para a quarentena: saem roupas de festa e entram itens esportivos e básicos

Dafiti: a companhia também passou a atuar em outras categorias além da moda, como móveis e decoração (Rafael Roncato/Dafiti/Divulgação)

Dafiti: a companhia também passou a atuar em outras categorias além da moda, como móveis e decoração (Rafael Roncato/Dafiti/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de agosto de 2020 às 16h00.

Última atualização em 20 de agosto de 2020 às 16h35.

A Dafiti, com operações no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, viu suas vendas crescerem 27% no segundo trimestre do ano. O volume total de vendas chegou a 867 milhões de reais no trimestre. O número de clientes também aumentou 24,2%, para 6,7 milhões em toda a região. A empresa não divulgou o resultado líquido, o lucro ou o prejuízo do período.

Com atuação puramente digital, a varejista de moda não sofreu tanto com o fechamento das lojas por causa da pandemia do novo coronavírus, o que deu a ela uma vantagem nesse trimestre em relação às grandes varejistas de moda. 

A C&A chegou a 294,5 milhões de reais em receita líquida no segundo trimestre — 189,2 milhões de reais apenas das operações online — queda de 76,6% em relação ao ano passado. A Renner atingiu 1,5 bilhão de reais em receita líquida no primeiro trimestre do ano. A empresa irá divulgar os resultados do segundo trimestre no dia 31 de agosto.

"A categoria de moda foi a mais impactada do varejo", diz Philipp Povel, cofundador e presidente da Dafiti, em entrevista à EXAME. Segundo ele, a empresa percebeu uma queda nas vendas logo no início da quarentena — afinal, sem sair de casa, os consumidores não sentem necessidade de ter um novo vestido para festa ou sapato de trabalho.

A empresa adaptou o mix de produtos oferecidos no site, com mais opções de itens esportivos e básicos. Os sapatos sociais e de festa também foram trocados por tênis, pantufas e outras opções mais confortáveis.

Logística de entrega e devolução

A pandemia também levou a companhia a repensar seu sistema de devoluções. "A taxa de devolução no Brasil ainda é baixa. As pessoas não se sentem confortáveis para pedir e experimentar, porque o processo de devolução é mais doloroso do que deveria ser", diz o presidente.

A empresa lançou o serviço de coleta em casa para a cidade de São Paulo, para que as pessoas não precisassem sair e ficar em uma fila na agência dos Correios para devolver uma peça. 

 

Móveis e acessórios

A companhia também passou a atuar em outras categorias além da moda. "Sempre pensamos em como expandir nosso portfólio para agregar mais valor para a consumidora", diz Malte Huffmann, cofundador. Entre as novas categorias, estão itens esportivos, de beleza e de decoração para casa. A Dafiti não abre a participação dessas novas categorias nas vendas, mas diz que são bastante relevantes.

O movimento é similar ao realizado pela C&A recentemente. A varejista de moda C&A está ampliando seu marketplace e passou a oferecer uma gama maior de categorias no site. Dentre os produtos que agora podem ser encontrados pelos consumidores na plataforma da marca estão joias, decoração, itens de beleza, itens para pets, games e eletrônicos. O marketplace também traz produtos de outras marcas de roupas.

O crescimento do comércio eletrônico tende a se normalizar com a abertura das lojas físicas. Mas o hábito de comprar pela internet deve ficar — o que pode ajudar ainda mais a Dafiti nos próximos trimestres. 

Acompanhe tudo sobre:Dafitie-commerceModa

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