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Saúde mental: venda de remédios para ansiedade e depressão cresce 20%

Pesquisa mostra que 17.445 unidades desses medicamentos foram vendidas em novembro e dezembro de 2020

Remédios: cresce a prescrição de medicamentos para saúde mental (REB Images/Getty Images)

Remédios: cresce a prescrição de medicamentos para saúde mental (REB Images/Getty Images)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 12h00.

O final de 2020 foi especialmente difícil para a saúde mental dos brasileiros. O volume de medicamentos prescritos contra ansiedade, depressão e insônia cresceu 19,6% nos últimos dois meses de 2020. É o que aponta um estudo da ePharma, empresa especializada na gestão de planos de benefícios de medicamentos.

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De acordo com a pesquisa, 17.445 unidades desses medicamentos foram comercializadas em novembro e dezembro de 2020, ante 14.581 no mesmo período de 2019. Se for considerado só o último mês do ano, o aumento chegou a 30%.

De acordo com o levantamento, até então, todos os meses apontavam queda no consumo desses remédios, com exceção de março – que marcou o início da pandemia no Brasil e registrou um avanço de 4,8% na prescrição desses remédios.

Essa não foi a única mudança no consumo de medicamentos trazida pela pandemia. Uma pesquisa anterior da ePharma mostrou que o consumo de vitamínicos cresceu cerca de 30% no país entre janeiro e agosto de 2020.

Outra mudança diz respeito ao consumo de medicamentos para doenças crônicas. Dados da consultoria Iqvia indicam aumento do consumo de medicamentos para doenças como tireoide e diabetes.

Do outro lado, os dados da Iqvia também indicam queda no consumo de remédios para problemas de saúde agudos, como antibióticos e corticóides. A hipótese da ePharma é que esse consumo provavelmente caiu porque as pessoas deixaram de ir ao hospital e também deixaram de sair de casa, reduzindo assim a incidência de doenças agudas.

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