Santander: os bons resultados na América Latina foram puxados pelo Brasil, com lucro líquido de 1,244 bilhão de euros (Dan Kitwood/Getty Images)
EFE
Publicado em 28 de julho de 2017 às 09h20.
Madri - O grupo Santander obteve um lucro líquido de 2,1 bilhões de euros na América Latina na primeira metade deste ano, quase 40% a mais que no mesmo período do ano passado. É o que diz a informação remetida nesta sexta-feira pela entidade à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CMVM) da Espanha.
A região contribuiu com mais da metade, 58%, dos resultados globais obtidos pelo grupo Santander nestes seis meses, que chegaram a 3,616 bilhões de euros, contando já com a contribuição do Banco Popular, que foi adquirido pela entidade em 7 de junho.
Como de costume, os bons resultados na América Latina foram puxados pelo Brasil, com lucro líquido de 1,244 bilhão de euros, quase 58% a mais que no ano anterior, graças ao aumento das receitas de clientes, impulsionados por comissões e devido a dotações mais estáveis e à boa evolução na gestão do crédito.
Em segundo lugar ficou o México, com 350 milhões de euros, 21,3% a mais que no ano passado, um mercado no qual o Santander se concentrou em incrementar seus vínculos com os clientes e no qual o crédito e os depósitos cresceram em números de dois dígitos.
No Chile, o Santander obteve 297 milhões de euros, um valor quase 20% superior ao do ano anterior, focado na melhoria da qualidade de atendimento aos clientes e na transformação do segmento bancário comercial, especialmente nos negócios envolvendo particulares com renda média e alta, além das pequenas e médias empresas.
Na Argentina, o lucro chegou a 193 milhões de euros, 36% a mais que no ano passado, mas, no segundo trimestre, os ganhos caíram 18% frente ao primeiro pelo impacto da inclusão do Citibank em suas contas.
No Peru, o Santander lucrou 18 milhões de euros, enquanto no Uruguai foram 56 milhões de euros.
Além da América Latina, a presença do Santander no continente inclui seus negócios nos Estados Unidos, com os quais obteve um lucro líquido semestral de 244 milhões de euros, um valor 1,5% maior.
Segundo essas informações, o crédito aos clientes na América Latina cresceu 3% na primeira metade do ano, e alcançou 152,155 bilhões de euros, enquanto os depósitos cresceram 11%, para 193,366 bilhões de euros.