Galaxy Note 7: Samsung terá que substituir 2,5 milhões de aparelhos, o que custará cerca de US$ 1 bilhão (Divulgação/Samsung)
Karin Salomão
Publicado em 19 de setembro de 2016 às 15h13.
São Paulo – A Samsung irá vender ações em quatro companhias de tecnologia para levantar caixa e financiar o recall do explosivo smartphone Galaxy Note 7.
Ela enfrenta uma crise global e terá que substituir 2,5 milhões de aparelhos, o que custará cerca de US$ 1 bilhão à companhia.
A maior fabricante mundial de smartphones anunciou que vendeu sua participação de 3% na holandesa ASML, que fabrica semicondutores, 4,2% na produtora de hard-drives Seagate, 4,5% na fabricante norte-americana de chips Rambus e 0,7% na japonesa Sharp.
O objetivo das vendas seria “focar no seu negócio principal”, afirmou a empresa sul-coreana. As ações valem cerca de US$ US$ 888,9 milhões.
A operação acontece em meio a denúncias de explosão do celular e princípios de incêndio por conta de falhas na bateria. Ela recebeu 92 relatórios sobre o dano que o aquecimento das baterias teria causado.
Os clientes que compraram um Note 7 antes de 15 de setembro devem deixar de usá-lo imediatamente e desligar o aparelho, informou a Comissão de Segurança dos Bens de Consumo (CPSC, na sigla em inglês).
O custo financeiro das falhas também será alto para a empresa. Analistas calculam que o valor total do recall deve chegar a US$ 1 bilhão. O dinheiro levantado com a venda das ações será usado para trocar mais de 2,5 milhões de telefones Note 7 em 10 mercados.
Hoje, a empresa afirmou que os novos smartphones chegarão às lojas na quarta-feira e serão facilmente identificados por meio do símbolo de bateria na cor verde – os modelos anteriores que tinham o defeito vêm com o ícone na cor branca.
A empresa terá dificuldades em reconquistar a confiança do consumidor, já que a crise global também pode afetar as vendas dos outros modelos da linha Galaxy.
A fabricante de smartphones também enfrenta concorrência com a Apple, que acabou de lançar o seu mais novo iPhone.